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Amahl e os Visitantes da Noite no Theatro Municipal

Ambientada numa estrada que leva a Belém, na Antiga Palestina, Amahl e os Visitantes da Noite conta uma passagem em que os Três Reis Magos conhecem um pobre menino, quando estão a caminho da adoração do recém-nascido Jesus. A obra que estreou em 24 de dezembro de 1951, com transmissão pelos estúdios da rede NBC, de Nova York, será o sexto título do projeto Ópera do Meio-Dia. Trechos da mais conhecida composição de Giancarlo Menotti serão apresentados por solistas do Coro do Theatro Municipal nos dias 03, 10 e 17 de dezembro, ao meio-dia, com ingressos a R$ 5,00. A Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, dá prosseguimento à programação artística sob a responsabilidade do Maestro Isaac Karabtchevsky com esta série realizada em sessões de 60 minutos para 100 espectadores no Foyer do Theatro.

Nesta temporada, a pianista Eliara Puggina acompanha o elenco integrado pelas sopranos Eliane Lavigne e Rose Provenzano, a mezzo-soprano Lara Cavalcanti, os tenores Elizeu Batista e Ossiandro Brito e os baixos Leonardo Thiese, Jorge Costa e Cícero Pires. O papel do pequeno Amahl será interpretado, alternadamente, pelos meninos Tiê De Kühl e Machado e João Victor dos Santos, integrantes do Coral Infantil da UFRJ. Os garotos que têm nesta etapa da vida o registro de sopranino (voz de soprano num indivíduo do sexo masculino que ainda não chegou à puberdade) contam com preparação vocal da maestrina Maria José Chevitarese. Caetano Pimentel assina direção, o Maestro Jésus Figueiredo responde pela direção musical e Bruno Furlanetto faz a direção geral.

O projeto Ópera do Meio-Dia tem a finalidade de divulgar esta forma de arte e oferecer uma opção de lazer a quem trabalha no Centro durante a pausa para descanso. Além disso, é uma oportunidade aos integrantes do Coro atuarem em solo ao público.

Ópera do Meio-Dia - La Cenerentola. Foto: Sheila Guimarães

Ópera do Meio-Dia – La Cenerentola. Foto: Sheila Guimarães

Sinopse

Na porta de sua pobre choupana Amahl, um menino aleijado, toca sua flauta. A mãe o chama para vir dormir. Ele obedece relutantemente, pois conta que há uma grande estrela, com uma grande cauda em cima de suas casas. A mãe diz estar farta de suas invencionices, de suas mentiras e que seu futuro será de mendigar ao que ele responde que, pelo menos, será um bom mendigo. Finalmente ambos adormecem. Ouvem-se, ao longe, os Três Reis e seu pajem, cantando e avançando pelo caminho. Decidem pernoitar naquela casa. Melquior bate à porta. Amahl a abre e, rapidamente, a fecha e vai contar à mãe que viu um rei. Esta lhe diz de parar de mentir. Batem, Amahl vai à porta e diz à mãe, agora, são dois reis! Batem novamente e Amahl diz que são três os reis! A mãe se levanta e se depara com os três, que a saúdam e pedem hospedagem por aquela noite, pois tem um longo caminho a percorrer.

Entram os reis e o pajem estende um tapete sobre o qual põe os presentes que trazem para o Menino: [um cofre com] ouro, [uma urna de] incenso, e [uma taça de] mirra. A mãe sai para apanhar mais gravetos para o fogo e Amahl fica com os reis fazendo-lhes uma série de perguntas: Baltazar tem sangue azul? O papagaio de Gaspar morde? Este lhe mostra uma caixa de pedras preciosas. A mãe regressa e manda Amahl avisar aos pastores da presença dos reis. Vendo os presentes ela pergunta a si mesma qual será a missão daqueles três reis. ”É para o menino”. ”Qual?” ”Não sabemos. É aquele a quem a estrela nos guiará”. A mãe diz que conhece um que bem merecia tudo aquilo.

Os pastores, timidamente, se acercam dos visitantes reais. Oferecem frutas, vegetais e bebida. Cantam para divertir os monarcas que muito se alegram com aquela demonstração de felicidade. Alegando a necessidade de prosseguir viagem, pedem para repousar. Os pastores se retiram e todos se preparam para dormir. [Amahl pergunta a Gaspar se entre suas pedras não há uma que cure meninos aleijados]. Por fim, todos adormecem, com o pajem montando guarda aos presentes. A mãe, à vista de tanto ouro, pensa quanto poderia fazer com ele por Amahl. Timidamente, tira uma peça de ouro, uma joia. O pajem acorda, [percebe o furto] e dá o alarme e agarra a mãe. Amahl acorda e, vendo a situação, se joga furiosamente sobre o pajem para fazer solta-lo a mãe. Gaspar manda solta-la. Amahl perde a muleta e cai chorando nos braços da mãe. Melquior, penalizado, diz à mulher para guardar o ouro, pois o rei que irão visitar dele não necessita, pois seu reino é construído sobre o Amor. Ela devolve o ouro e diz que se tivesse algo, ela também enviaria um presente. Amahl levanta sua muleta e a oferece como seu presente “pois pode ser que ele precise dela”. E a entrega, levantando-se e… andando!

Cumpriu-se o milagre do Natal! Todos querem tocar o menino abençoado e decidem que o próprio Amahl deverá levar sua oferta ao menino que nasceu em Belém. Amahl se despede da mãe e tocando sua flauta segue a procissão que se dirige à cena do Natal.

ÓPERA DO MEIO-DIA – www.theatromunicipal.rj.gov.br
Temporada: 03, 10 e 17 (quartas-feiras), às 12h
Foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano s/n° – Centro
Capacidade: 100 lugares não marcados
Preço único: R$ 5,00
Classificação etária: livre Duração: 60 minutos
Informações: (21) 2332-9191
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone (21) 4003-2330

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