O restaurante fictício chamado Tableau, no bairro do Soho, em Londres, informa que abrirá uma filial no Rio de Janeiro, no prédio recém desocupado, onde abrigava o antigo museu do índio, no Maracanã, e mostra um iPad como substituto de um prato. Em descrição no site do restaurante, o local inova por apresentar novo tablet da Apple para servir a comida aos fregueses mais sofisticados, e se você não aprovar a refeição, o prato/Iped é seu.
Claro que essa notícia é uma brincadeira para o dia da mentira. O “Dia da Mentira” certamente é uma história que não começou aqui no Brasil, mas nós herdamos.
O hábito de brincar com essa data é universal e vem sendo difundido há séculos. A origem das brincadeiras com esse dia é desconhecida, mas a versão de que começou no século 16, com a mudança para o calendário gregoriano, que trocou a comemoração do Ano Novo para 1º de janeiro (antes comemorado entre 25 de março e 1º de abril, o primeiro dia da primavera na Europa) é a mais famosa. Consta que a troca custou a ser assimilada e quem continuava comemorando na antiga data era chamado de “bobo de abril”. Essas pessoas eram vítimas de “trotes” e para elas, em 1º de abril, se contavam as maiores mentiras.
Na Inglaterra, quem “cai em 1º de abril” é chamado de noodle (pateta); na Escócia, de april gowk (tolo de abril); nos Estados Unidos, de april fool (bobo de abril) e na França, quem ‘cai’ nas brincadeiras do primeiro de abril é chamado de poisson d’avril – “peixe de abril”. As explicações para o apelido são muitas e uma delas é a respeito dos peixinhos que aparecem em grande quantidade nos meses de abril, quando é início da primavera na França. São tantos peixes que fica fácil pegá-los com anzol. Então, as pessoas que são ‘fáceis de pegar’ no dia primeiro ficaram famosas por serem os peixes de abril.