No interior de Goiás, projeto em parceria com IBAMA proporciona segunda chance a pássaros.
Em plena Semana Mundial do Meio Ambiente, estamos lançando esta nova categoria em nosso Portal que irá divulgar além dos já tradicionais destinos turísticos de Ecologia e Aventura, lugares que de alguma forma colaboram para dar uma forcinha para a Mãe Natureza que anda meio cansada ou sem controle sob a influência do bicho-homem.
Um destes lugares que faz toda diferença, fica no interior de Goiás e contribui com a preservação de várias espécies de nossa fauna.
Imagine inúmeras aves voando livremente pela flora do Cerrado? É no mínimo algo que nos enche de alegria, não é mesmo? Esta encantadora imagem, que constantemente vem sendo ameaçada pela ação predatória do homem, tem se tornado uma rotina graças ao Bird Land – Terra dos Pássaros. Mantido em parceria com o IBAMA há quatro anos, o projeto recupera diversas espécies machucadas, desnutridas ou vítimas de tráfico, que convivem livremente até serem reinseridas aos seus habitats naturais.
O espaço é como um grande, ou melhor, enorme viveiro onde pássaros voam pra lá e pra cá em harmonia entre as espécies. Encontramos por lá as lindíssimas Araras-azuis, papagaios, periquitos, tucanos entre tantas outras aves. É muito comum levar um rasante e presenciar momentos únicos.
Estima-se que haja 935 espécies somente na região do Cerrado, o que corresponde a aproximadamente 50% das aves encontradas em todo o Brasil. Esta profusão favorece a implementação de espaços ecológicos como o Bird Land. O complexo fica dentro do parque aquático Hot Park e ao lado do Rio Quente Resorts e tem uma área de 2 mil m² coberta com telas galvanizadas de 13 metros de altura. “Eu disse que era grande”.
Atração opcional do parque, o passeio pelo viveiro free wing é acompanhado por monitores, orientados sobre como interagir ou tocar as aves, apresentando como funcionam os tratamentos, os dados biológicos e muitas curiosidades. Escolas públicas e particulares da região também podem agendar visitas ao espaço. Eu recomendo muito que se faça este passeio acompanhado pelos monitores, há uma riqueza de detalhes que aprendemos com eles que não faríamos ideia sem suas informações. Sem contar que é uma delícia poder tocar – DELICADAMENTE – nestes bichinhos tão lindos e dóceis. Tem alguns que adoram ficar na nossa cabeça “catando piolho” e fazem lindas poses para fotos.
Só para ter uma ideia da diversidade, entre as espécies cedidas pelo IBAMA estão araras, flamingos, faisões, gaviões, papagaios, periquitos, corujas, tucanos e sabiás. Nesta imersão pela natureza ainda é possível encontrar aves típicas como o tagarela papagaio galego, com plumagem verde-clara.
O trabalho é respaldado por uma equipe técnica formada por um biólogo, dois veterinários, um nutricionista, três tratadores, duas recepcionistas e dois guardas-noturnos. “É uma atração que conquista pessoas de todas as idades e ressalta a importância da preservação do nosso patrimônio mais importante, a fauna e a flora”, destaca o diretor de Experiência Marketing e Vendas, Manoel Carlos Cardoso.
Antes de serem reintegrados, os animais passam por um período de quarentena, além de serem medicados e desverminados. Os animais são examinados clinicamente, em parceria com a UFG e o SENAI/Anápolis e avaliados, comportamentalmente, no CETAS. Apenas os animais sadios e com comportamento asselvajado são encaminhados para soltura. Após soltura, os animais já marcados são monitorados por pelo menos um ano, visando entender melhor e desenvolver metodologias que aumentem o sucesso da reintegração.
O processo de soltura é um compromisso do IBAMA, atendendo diretrizes do Ministério do Meio Ambiente, a fim de não permitir que a captura de animais silvestres leve-os à extinção, além de incentivar as pessoas a contemplarem os animais na natureza e não em gaiolas.
Sem dúvida um passeio imperdível que vai te ensinar muita coisa e de quebra vai te deixar cada vez mais apaixonado pela natureza.
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