E se ele estivesse vivo?
Luiz Gonzaga é sem dúvida um dos maiores nomes da música brasileira e que mesmo morto continua mais vivo do que nunca.
Os anos passam e mais pessoas conhecem e admiram seu trabalho que graças à originalidade continua ganhando inúmeros admiradores por todo o Brasil e também fora dele.
Este ano Gonzaga completaria 100 anos se estivesse vivo. As comemorações ganham o Brasil todo. Vários artistas e seus “tributos a Luiz Gonzaga” criam uma expectativa de que o “Rei do Baião” será lembrado como nunca.
Como sempre o pernambucano de Exú figura entre os principais homenageados no São João, época em que as suas músicas embalam os festejos juninos por todo o país e seus clássicos são tocados desde as escolas primárias até as grandes festas como em Caruaru – PE e Campina Grande – PB.
Artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença, Zé Ramalho, Gilberto Gil, Fagner e tantos outros sempre levam no repertório músicas do Gonzagão com arranjos bem elaborados fazendo com que o público não esqueça esse grande mestre que anda esquecido nas programações das ditas “grandes rádios” e com isso mantém a sua obra sempre viva.
O que está sendo ótimo observar é a nova geração de músicos também fazendo releituras do autêntico forró, independente do estilo que tocam. O baiano Neto Lobo carrega influências nítidas assim como a banda pernambucana Ambrozino Martins com sua mistura de eletrônico e música nordestina. Gonzaga está presente no pop rock de O Rappa, no Hip Hop de Nelson Triunfo e até é lembrado na internet pelo cantor e compositor Manu Chao que gravou um vídeo cantando “Assum Preto”.
Infelizmente os que dizem fazer forró e controlam a grande mídia bancando altos jabás em rádios são os que menos se preocupam em manter viva uma história bela como a do forró de Luiz Gonzaga e me pergunto: E se ele estivesse vivo?
É com muita felicidade que agradeço o convite da equipe do Embarque para me jogar nessa prazerosa viagem e espero que possamos “visitar” novos e velhos mundos.
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Fabrício Ramos é cantor, compositor, colunista cultural e também um pesquisador apaixonado pelo fenômeno UFO.
Com um álbum todo autoral gravado, que o levou a fazer turnê no Japão, suas músicas estão conquistando fãs em todo o mundo graças à grande “teia” mundial. Fabrício divide seu tempo entre a graduação de História na PUC-SP e seus shows onde insiste em enviar mensagens de conscientização social, paz e amor, mesclando suas raízes pernambucanas com a música pop.
Site: www.fabricioramos.com
E-mail: producaofabricioramos@bol.com.br
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