Os taxistas imploram e os engraxates importunam, mas no Cairo, a capital egípcia, há poucos e preciosos turistas para utilizarem seus serviços. Junto com os lucros do Canal de Suez e as remessas de dinheiro dos trabalhadores, o turismo é um pilar da economia Egípcia. De acordo com algumas estimativas, ele emprega uma em cada oito pessoas no mercado de trabalho.
Mais de 10 meses depois da revolução que derrubou Hosni Mubarak e seus filhos, o Egito precisa que os visitantes voltem ao país. De acordo com o Conselho de Viagem e Turismo, o setor contribuiu com 39 bilhões ou 17,5% para o PIB do Egito no ano passado. Este ano o setor contribuirá com 16% apesar de uma queda no número de visitantes, prevê o WTTC.
“Para todos os fins, Cairo está morta”, diz Angus Blair, chefe de pesquisa da Beltone, uma corretora de Cairo. “As pessoas vêm para fazer negócios, mas os hotéis estão com baixas taxas de ocupação.”
Blair acrescenta, entretanto, que os turistas ainda visitam os resorts na costa do Mar Vermelho, no Egito, como Hurghada e Sharm el-Sheikh para passar as férias na praia, apesar das incertezas políticas. “As pessoas estão diferenciando”, diz ele.
Fonte: Financial Times