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Megacelebração de Drummond começa em outubro

Homenagem ao poetaUm livro de poemas inéditos, uma nova editora, títulos especiais, acervo pessoal sob nova guarda, homenagem na Flip, exposições, uma nova antologia em inglês.

Se Carlos Drummond de Andrade já é o poeta mais consagrado do Brasil, nos próximos meses tudo conspira para torná-lo mais célebre.

Uma enxurrada de grandes acontecimentos terá lugar em 2012, quando se completam 110 anos de nascimento e 25 anos de sua morte -nasceu em 1902 em Itabira (MG) e morreu em 1987 no Rio.

As prévias começam em 31 de outubro, quando o IMS (Instituto Moreira Salles) promove o “Dia D”, série de eventos na data em que nasceu o poeta. A ideia do IMS é que o festejo extrapole os limites do instituto e entre para o calendário cultural do país, como o Bloomsday para a obra de James Joyce (1882-1941).

Os tantos livros programados começam a sair neste ano. A Cosac Naify tem pronto “Poesia Traduzida”, de autores estrangeiros traduzidos por Drummond, previsto para os próximos meses.

A mesma editora publicará outros quatro títulos: “Confissões de Minas” (1944) e “Passeios na Ilha” (1952), textos entre o ensaio e a crônica há muito fora de catálogo, uma edição de poesia crítica e “Os 25 Poemas da Triste Alegria”, o tal inédito.

Trata-se da primeira obra de Drummond, escrita em 1924 e renegada pelo poeta. O original foi comprado de uma pessoa próxima ao autor pelo professor da UFRJ Antonio Carlos Secchin.

A Cosac vai publicar uma edição fac-similar, com as anotações feitas mais tarde por Drummond no volume.

No início de 2012, a Companhia das Letras, nova casa de Drummond, começa a reeditar toda a obra do escritor, com novo projeto gráfico e conselho editorial próprio.

Serão de 12 a 14 títulos por ano (poesia e prosa).

Editada pela Record nos últimos 27 anos, a obra de Drummond migrou para a Companhia por iniciativa da família. “Decidimos mudar para uma com outro perfil”, limitou-se a dizer Pedro Drummond, neto do poeta.

O IMS recebeu em novembro a parcela do acervo de Drummond que se mantinha com a família (a maior parte permanece na Fundação Casa de Rui Barbosa).

Vai administrá-lo, em regime de comodato, por dez anos e, como ocorre desde 2010, editar livros especiais e organizar exposições.

“Drummond é nossa menina dos olhos na literatura”, resume o coordenador executivo do IMS, Samuel Titan Jr.

 

Divulgação/Fundação Casa de Rui Barbosa

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