Dicas & Destinos

Jack o Estripador e os caminhos assombrados de Londres

Conheça a rota sinistra de Jack o Estripador em Whitechapel e explore outros caminhos assombrados de Londres, como a Casa nº 50 e o Ten Bells Pub

caminhos assombrados de Londres

Londres é uma cidade onde o passado se mistura com o sobrenatural, e poucas histórias são tão arrepiantes quanto a de Jack o Estripador. Em 1888, o bairro de Whitechapel, no East End, foi cenário de crimes brutais que até hoje intrigam investigadores. O assassino, que ganhou nome após uma carta anônima enviada à polícia, nunca foi identificado, deixando um legado de mistério e horror. Suas vítimas, mulheres em situação de vulnerabilidade, foram mortas em becos escuros e úmidos, e o número exato de casos ainda não está fechado. Hoje, a Jack the Ripper Ghost Walks convida turistas a percorrer essas mesmas ruas, onde guias narram detalhes macabros sob a luz de lampiões modernos. O passeio, embora sombrio, é uma imersão na história real que inspirou lendas urbanas e até filmes de terror. São muitos os caminhos assombrados de Londres.

Mas a Londres assombrada vai além de Jack. A cidade esconde destinos que desafiam a coragem até dos mais céticos. O Queen’s House, por exemplo, é um palácio do século XVII que abriga o fantasma da “Dama da Escadaria”. Em 1966, uma foto revelou uma figura etérea segurando o corrimão da Tulip Staircase, e a imagem ainda é exibida no local como um mistério não resolvido. Já o Highgate Cemetery, um dos cemitérios mais famosos do mundo, atrai visitantes com seus túmulos góticos e lendas de vampiros. Com mais de 170 mil sepulturas, o local tem uma atmosfera bem macabra, e muitos juram sentir presenças invisíveis entre as estátuas de anjos decaídos.

Para quem busca sustos com um toque de autenticidade histórica, o Ten Bells Pub é parada obrigatória. O bar, frequentado por vítimas de Jack, acumula relatos de fantasmas: uma mulher de vestido vitoriano que surge e desaparece, e o choro de um bebê cujo espírito estaria preso no local após um assassinato brutal. Em 1990, roupas infantis rasgadas foram encontradas escondidas no prédio, reforçando a lenda. Não muito distante dali, o Bleeding Heart Yard carrega o peso de um crime hediondo de 1926, quando o corpo mutilado de uma mulher foi descoberto com o coração ainda batendo. Visitantes afirmam ouvir gemidos e batidas cardíacas ecoando nas paredes, como se a vítima ainda vagasse pelo local.

E se há um símbolo do terror em Londres, é a Casa nº 50 da Berkeley Square. Considerada a residência mais assombrada da cidade, o local foi palco de suicídios, mortes inexplicáveis e relatos de sombras que arrastam corpos pelas escadas. No século XIX, um hóspede armado atirou contra uma figura desconhecida, mas a bala desapareceu sem deixar vestígios. Outra história envolve marinheiros que, aterrorizados por ruídos noturnos, tentaram fugir — um deles caiu e morreu nas escadas. Fechada ao público, a casa permanece como um lembrete de que algumas histórias nunca devem ser perturbadas.

Explorar esses locais não é apenas sobre buscar medo, mas sobre conectar-se com a história oculta de Londres. Cada beco, cada construção antiga, guarda memórias de tragédias e mistérios não resolvidos. Para os viajantes que trocam euros por libras em busca de experiências únicas, esses destinos oferecem uma jornada além do convencional, onde o passado se recusa a ser esquecido. Se você se aventurar por Whitechapel ou ousar visitar a Casa nº 50, lembre-se: em Londres, até os mortos têm histórias para contar. E elas estão ansiosas para serem ouvidas.

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