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A história do Lollapalooza: como turnê de despedida de uma banda de rock virou fenômeno global

Descubra a história do Lollapalooza, que surgiu de uma turnê de despedida do Jane’s Addiction, e se tornou um fenômeno global

Lollapalooza Brasil 2017. Foto: Deep Bear

O Lollapalooza é hoje um dos maiores festivais de música do mundo, atraindo multidões em diversos países e celebrando uma mistura eclética de gêneros, do rock ao funk. Mas sua origem, em 1991, está longe de ser um plano grandioso: nasceu como uma despedida improvisada da banda Jane’s Addiction, que acabou se transformando em um legado cultural. Quer saber qual é a história do Lollapalooza? Conheça a trajetória surpreendente deste evento que redefiniu a indústria musical e se tornou uma referência para viajantes e amantes da cultura.

Tudo começou quando o Jane’s Addiction, uma das bandas emblemáticas do rock alternativo dos anos 1980, decidiu se separar. O vocalista Perry Farrell, visionário e inquieto, queria uma despedida à altura: uma turnê com 28 shows nos EUA e Canadá, batizada de Lollapalooza. O nome, encontrado por acaso em um dicionário, significava “algo ou alguém grandioso” – e Farrell soube que era perfeito para unir música, arte e um estilo de vida rebelde.

A turnê de 1991 não foi apenas um adeus. Ela trouxe consigo bandas do cenário grunge e alternativo, como Siouxsie and the Banshees e Nine Inch Nails, criando um caldeirão cultural que cativou jovens ávidos por algo fora do mainstream. O sucesso foi tão grande que Farrell percebeu: o Lollapalooza precisava ser mais que uma turnê.

Em 1991, o Lollapalooza oficializou-se como um festival anual, tornando-se o epicentro da “nação alternativa” – um movimento que celebrava o underground e desafiava as convenções. A curadoria misturava rock, punk, performances artísticas e até debates políticos, refletindo o espírito contracultural da década.

No entanto, os anos 1990 trouxeram desafios. A volta do Jane’s Addiction em 1997 coincidiu com o declínio do grunge, e o festival enfrentou críticas por incluir bandas como Metallica, consideradas “muito comerciais” pelo público alternativo. Em 1998, o evento foi cancelado, e uma tentativa de revitalização em 2003, como turnê da banda, fracassou.

A virada veio em 2005, quando a história do Lollapalooza foi se modificando e ele ressurgiu com novo formato: um festival fixo no Grant Park, em Chicago, com dois dias de duração e uma programação diversificada. O local, um parque urbano com vista para o skyline da cidade, tornou-se sua “casa oficial”, simbolizando a conexão entre música, natureza e urbanismo.

A parceria com a produtora C3 Presents foi crucial. Eles expandiram o conceito, trazendo artistas pop, eletrônicos e até nomes do hip-hop, enquanto mantinham o DNA alternativo. O sucesso em Chicago abriu portas para edições internacionais: em 2011, o festival chegou ao Chile e, em 2012, finalmente desembarcou no Brasil, onde se tornou um marco no calendário de entretenimento, realizado anualmente no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Hoje, o Lollapalooza é um fenômeno global, realizado em países como Alemanha, França, Argentina e Índia. Sua programação abraça a diversidade – de Billie Eilish a Paul McCartney –, mas nunca esqueceu suas raízes: o palco alternativo ainda homenageia bandas independentes, e iniciativas sustentáveis, como o projeto de reciclagem Rock & Recycle, reforçam seu compromisso social.

Para os viajantes, o festival se tornou uma experiência turística. Chicago, por exemplo, atrai milhares de fãs que combinam os shows com passeios pela arquitetura icônica da cidade e pela orla do Lago Michigan. No Brasil, o evento movimenta a economia local, com pacotes de hospedagem e roteiros culturais surgindo em torno das datas do Lolla.

  • O nome veio do acaso: Perry Farrell escolheu “Lollapalooza” após folhear um dicionário.
  • Arte além da música: desde 1991, o festival integra instalações artísticas e food trucks gourmet.
  • Recorde brasileiro: a edição de 2023 em São Paulo recebeu 450 mil pessoas em quatro dias.

Seja em Chicago, São Paulo ou qualquer outro destino, o Lollapalooza continua sendo uma celebração da música como força transformadora. Para os amantes de viagens, é a chance de unir paixão por entretenimento e descoberta de novas culturas. 

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