Dotado de uma beleza única, o Parque Nacional da Serra da Canastra guarda a nascente do Rio São Francisco e muitas outras maravilhas
Viajar sempre é um bom negócio, porque você pode tirar uma pausa, deixar os problemas da rotina para lá e, de quebra, ainda ficar junto de quem ama. Segundo especialistas, também ajuda a se manter de bem com a vida. Ou seja, existem vários benefícios em conhecer novos lugares, principalmente um com tanto contato com a natureza.
Mas por que essa introdução? É para entrarmos no assunto de um lugar que é tão eloquente quanto: A Serra da Canastra, localizada em Minas Gerais, e lugar de um dos parques mais importantes de nosso país: o Parque Nacional da Serra da Canastra.
Oficializado em 1972, o parque tem como principal objetivo preservar a nascente do Rio São Francisco, que fornece água constantemente para as regiões mais áridas e para grande parte dos estados do Nordeste brasileiro.
Com paisagens paradisíacas, é o local ideal para quem gosta de aventuras, ou até mesmo de um simples passeio em família. E já que é um destino pouco explorado no Brasil, não está lotado de pessoas, o que aumenta ainda mais o contato direto com a natureza.
E falando em natureza, grande parte de sua flora pertence à mata atlântica, e também marca o início do Serrado, em uma área de aproximadamente 200 mil hectares.
Onde fica exatamente?
Localizada no sudoeste de Minas Gerais, a região é formada por um conjunto de serras, que estão entre as cidades de São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, São João Batista do Glória, Delfinópolis e Capitólio. Entretanto, o paredão que dá nome à Serra da Canastra fica especificamente entre Sacramento, São Roque de Minas e Vargem Bonita.
Como chegar?
Existem quatro entradas, sendo que cada uma delas fica perto de uma cidade diferente. As principais são a Portaria 1, em São Roque de Minas, e a 4, no distrito de São José do Barreiro, em Vargem Bonita. As outras ficam em São João Batista da Canastra e em Sacramento.
Para chegar em São Roque de Minas, geralmente, são usados os 58 km asfaltados da MG-341, que sai de Piumhi. Depois, a viagem se torna mais complicada, passando pela parte baixa do parque, com 24 km asfaltados, que chegam até Vargem Bonita, e depois são 26 km de terra, que vai até a portaria Casca D’Anta.
Este trecho em específico é marcado por períodos bastante chuvosos, onde para se atravessar os 72 km da estrada de terra, com muitas pedras, que cortam o parque, e ligam as portarias de São Roque a Sacramento, leva cerca de 3 horas, isso em dias normais.
Distância das principais capitais até São Roque de Minas
Belo Horizonte – O ponto de partida mais próximo dá, aproximadamente, 343 km, saindo da Rodovia Fernão Dias (BR-381) e seguindo para a BR-262, no sentido do Triângulo Mineiro; pegue a saída para a MG-050 até Piumhi e, por fim, a MG-341 até São Roque de Minas. Vale lembrar que o trajeto possui pedágios.
São Paulo – Quem sai da capital paulista deve seguir via Campinas, com acesso a Minas Gerais pela BR-491, sentido São Sebastião do Paraíso e Passo, depois pela MG-050 até Piumhi, e depois pode seguir pela MG-341 até São Roque de Minas e Vargem Bonita, totalizando 540 km. O trajeto também possui pedágios.
Rio de Janeiro – É possível sair da Via Dutra (BR-116) até Varginha, depois seguir para a BR-265 até a MG-050, e depois para a MG-341. No total, são 696 km de trajeto, com pedágios também ao longo do caminho.
Para aproveitar a viagem com conforto, o ideal é realizar o aluguel de um veículo, preferencialmente em uma agência onde tenha carros seminovos em BH, porque ainda é o local mais próximo da principal entrada da Serra da Canastra.
Como chegar de ônibus
Existe a possibilidade de ir de Belo Horizonte para Piumhi pela Viação Gardênia, com viagens todos os dias, em vários horários: 7h, 12h30, 18h30, 22h (menos aos sábados) e 23h59.
Também tem como ir de São Paulo a Piumhi: Viação União, todos os dias, somente às 8h e às 22h.
E, do Rio de Janeiro, será preciso usar a Viação Útil ou Cometa até Belo Horizonte, e de lá, fazer o caminho até o destino final.
É importante frisar que, para quem quer ir de ônibus, e fugir dos gastos de um carro, ou de um aluguel, é necessário contratar um receptivo local, ou um motorista para realizar os passeios. Então, de toda forma, o ideal é o carro.
Quando se deve ir?
Como a Serra da Canastra é uma região subtropical, as temperaturas médias anuais costumam variar entre 17ºC no inverno e 23ºC durante o verão.
Mas a época ideal para ir é de abril a outubro, no inverno, onde o tempo fica mais seco, e dá para ser visitada de carro, apesar de o 4×4 continuar sendo o ideal, além de poder conhecer outras regiões, que não dá para se conhecer em outros períodos do ano.
Do final de outubro até abril, são as temporadas de chuvas, onde as estradas ficam muito precárias, mas para quem está querendo uma dose de aventura, ainda é o ideal para conhecer e aproveitar.
Não precisa se preocupar com o frio; afinal, a Serra da Canastra não fica em regiões tão altas como Campos do Jordão, ou Monte Verde, perdendo feio no quesito de “turismo de inverno”, mas ainda pode arriscar conhecer as cachoeiras e os riachos da região.
Mas onde eu posso ficar?
Como São Roque de Minas e Vargem Bonita, que ficam a 35 km uma da outra, são as cidades mais próximas das portarias 1 e 4, são as melhores para usar como base durante o seu turismo na região. A Portaria 1 fica a 8 km de São Roque de Minas e a 21 km de Vargem Bonita, dando acesso à parte mais alta do Parque da Serra da Canastra.
Já a Portaria 4 fica a 36 km de São Roque de Minas e a 23 km de Vargem Bonita, e dá acesso à cachoeira Casca Danta. Mas o ideal mesmo é ficar em São Roque de Minas, pelo seu turismo mais desenvolvido, melhores opções de hospedagem e ainda possuir opções para passeios noturnos, como bares e restaurantes.
Cheguei, me hospedei, e agora?
O que não falta para fazer na Serra da Canastra são lugares para se conhecer, principalmente por causa da sua paisagem natural maravilhosa; ela dá vista para o chapadão, que possui vegetação rasteira, que muda completamente conforme a época do ano. E com sorte, pode até chegar a ver alguns animais, principalmente no início da manhã.
A estrada até lá é precária, e de carro, só é possível chegar usando um 4×4, a pé, através de trilhas, de bicicleta, ou de moto. Separe um dia para conhecer a nascente do Rio São Francisco, o Curral de Pedras, a parte alta da magnífica cachoeira Casca Danta, fora algumas piscinas naturais e outros pontos turísticos.
Fora da serra, é interessante conhecer a produtora de queijo da Canastra e outros produtos regionais, como a Roça da Cidade e a Fazenda do Zé Mário, que são bastante elogiadas por qualquer um que vá até o local.
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