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O que o enfrentamento do coronavírus em Santos tem ensinado a outras cidades sobre os riscos da doença?

Cidade de Santos é exemplo de ampla testagem, proporcionando uma quantidade maior de dados relacionados à doença. Medida é essencial para a retomada segura.

santos

Em todo o mundo, a pandemia causada pelo novo coronavírus está exigindo que os líderes governamentais encontrem o melhor caminho para enfrentar este desafio. O vírus, com alta transmissibilidade, foi responsável pelo colapso de sistemas de saúde, até mesmo, em países desenvolvidos.

O isolamento é uma tentativa de barrar o aumento dos casos exponencialmente — e que está gerando resultados positivos. Mesmo assim, a dificuldade para testar a população em larga escala ainda é um desafio, mas segue sendo essencial para saber o cenário de cada cidade.

Para além do debate entre vida e economia, já é unânime a insustentabilidade de manter o comércio fechado e a população isolada até a descoberta de uma vacina. Por isso, os governantes estão buscando maneiras de fazer uma retomada estratégica, sem que aconteça um novo surto de casos.

Testagem em massa

No início do isolamento, o governador João Doria (PSDB) e muitos prefeitos do litoral solicitaram que os paulistanos não se refugiassem na costa. Em Santos, os idosos representam 22,26% da população. Eles fazem parte do grupo de risco e apresentam maiores complicações quando infectados pelo vírus.

Por isso, proteger essa população foi uma preocupação presente desde o início. Além disso, a experiência internacional mostra que uma das melhores maneiras de lidar com a pandemia é por meio de um grande número de testes.

Dessa forma, pode-se analisar o ritmo com o qual o vírus está se espalhando entre a população e rastrear sua movimentação. Trabalhar com dados concretos auxilia os sistemas de saúde a se preparem, sendo um fator decisivo para definir momentos de reabertura ou de isolamento.

Em Santos, foi organizado um serviço drive-thru para realizar exames rápidos. A iniciativa fez testagens por diversos dias seguidos, começando em 13 de maio até o dia 22. O resultado do teste rápido leva 15 minutos. Em casos de confirmação do vírus, há coleta de secreção mucosa para análise em laboratório particular.

No dia 30 do mesmo mês, a iniciativa se repetiu e 2.066 pessoas fizeram testes. Entre eles, 117 tiveram resultado positivo para o vírus, ou seja, uma taxa de 5,6%. A porcentagem foi um alerta, pois mostrou um aumento expressivo se comparada com os números do dia 13, quando apenas 25 pessoas apresentaram presença do vírus.

Plano de retomada

O governador apresentou um plano de retomada para o estado. Foram cinco fases representadas em cores: vermelho para quando há restrição máxima das atividades não essenciais, laranja possui etapas de controle, amarelo representa a flexibilização, verde, uma abertura parcial, e azul, normalidade controlada.

A princípio, Santos e a baixada santista faziam parte da área vermelha. Com uma nova avaliação do estado, considerando o número de casos e a disponibilidade de leitos, a cidade passou para a fase laranja. Esta etapa permite a reabertura de shoppings, comércios de rua, imobiliárias e concessionárias.

A retomada teve início no dia 11 de junho, quando a cidade registrou o maior número de novos casos, 347. Os profissionais consideraram o primeiro dia de reabertura tranquilo. Houve fiscalização nas ruas e vistorias em 68 estabelecimentos.

As regras de reabertura definem que o comércio de rua, ambulantes não estão inclusos, deve ter atendimento limitado a 30% da capacidade. Além disso, há horários especiais de atendimento que devem ser respeitados. 

Os estabelecimentos da região central funcionam de segunda a sexta-feira, das 11 às 17 horas. Nas outras áreas, o funcionamento ocorre de terça-feira a sábado, das 13 às 19 horas.

Medidas de prevenção

O novo coronavírus pode ser contraído ao entrar em contato com as vias aéreas. Ou seja, levar a mão ao rosto depois de tocar um objeto infectado pode ocasionar a doença.

Para a prevenção, indica-se a lavagem de mãos com frequência, incluindo o vão entre os dedos, as unhas e até o meio dos pulsos. Outro ponto importante é a utilização do álcool em gel antes de levar a mão à boca, ao nariz ou ao rosto. Além disso, deve-se usar o produto para higienizar objetos tocados com frequência, como o celular.

Em casos de espirros e tosse, em vez das mãos, deve-se cobrir a região utilizando a parte interna do cotovelo. Evitar aglomerações e utilizar máscaras de proteção também são medidas essenciais. Manter a distância entre pessoas, sem cumprimentá-las com apertos de mão e abraços, também é uma atitude necessária.

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