A ação do homem pode ajudar a acelerar um novo desaparecimento em massa no planeta.
Pesquisas apontam que estamos diante da sexta maior extinção em massa da história. Isso acontece quando um grande número de espécies desaparecem da Terra. O cenário é extremamente preocupante porque evidencia os efeitos negativos da atividade humana na natureza. Então, como é possível deter a destruição do meio ambiente? Talvez, a pandemia de coronavírus nos mostre um caminho.
Após o estouro do surto pelo novo vírus e o início das medidas de isolamento social, inúmeras materiais começaram a mostrar a diminuição da poluição das grandes cidades. Como já esperado, a redução do consumo desenfreado e da atividade industrial é causada por todos nós.
Em abril do ano passado, a jovem ativista sueca Greta Thunberg afirmou que estamos diante da sexta extinção em massa e que o ritmo, agora, está dez mil vezes mais rápido do que o normal. A declaração foi dada em pleno Parlamento Europeu.
Quais os efeitos da atividade humana no meio ambiente?
Um relatório elaborado por 150 especialistas de 50 países diferentes, que trabalharam durante 3 anos reunindo diversos estudos sobre biodiversidade, apontou que a atividade humana está alterando o meio ambiente como nunca se viu antes.
O estudo mostra que o patrimônio ambiental mundial, composto pela terra, os oceanos, a atmosfera e a biosfera, do qual nós humanos dependemos para viver, nunca sofreu nível de alterações tão intensas, com impactos negativos em ecossistemas locais e regionais.
A perda de biodiversidade com o aquecimento global também é bastante acentuada. A pesquisa ainda indica que o uso excessivo de agrotóxicos no campo e o alto índice de desmatamento pelo mundo são responsáveis por, pelo menos, 25% das emissões de CO2, extremamente prejudicial ao meio ambiente.
De acordo com o resumo do estudo, o resultado da atividade humana nos últimos anos é uma aceleração rápida e iminente da extinção de espécies, o que culmina na sexta maior aniquilação em massa da história do planeta. Segundo os especialistas, cerca de um milhão de espécies do globo estão ameaçadas de extinção nas próximas décadas e isso é extremamente preocupante.
O que pode ser considerado uma extinção em massa?
Cientistas acreditam que a sexta extinção em massa do planeta pode acontecer até 2050. O processo se caracteriza pelo desaparecimento, ou seja, quando três de cada quatro espécies deixam de habitar a face da Terra. Dentre os outros eventos, essa seria a primeira aniquilação causada pela atividade humana.
Para se ter uma ideia do problema, estudos apontam uma diminuição de 2% da vida selvagem por ano, o que evidencia o desaparecimento de linhagens. Só na última década, um quinto das espécies de elefantes desapareceu. Em 2020, podemos já ter perdido cerca de dois terços da vida animal no planeta.
Sexta ou sétima extinção em massa?
Alguns cientistas apontam que esta não seria a sexta, mas sim a sétima extinção em massa da Terra. Existem cinco grandes eventos considerados como desaparecimentos em massa no planeta e eles aconteceram nos seguintes períodos:
- Ordoviciano (443 milhões de anos atrás);
- Devoniano Superior (372 milhões de anos atrás);
- Permiano (252 milhões de anos atrás);
- Triássico (201 milhões de anos atrás),
- Cretáceo (66 milhões de anos atrás).
Porém, cientistas do Departamento de Biologia da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, publicaram um estudo que demonstra que houve outro evento histórico de extinção em massa que não é citado por especialistas.
A pesquisa, que também teve participação do cientista chinês Shu-zhong Shen, coloca a época Guadalupiana, que aconteceu a quase 260 milhões de anos atrás, no mesmo patamar de outros fenômenos de extinção em massa, por conta das classificações em termos das espécies que desapareceram durante o período.
- Natal em Nova York: guia para curtir a Broadway com dicas de hospedagem
- O bairro da Liberdade e a luta para preservar sua memória negra
- Club Med e Grupo Bisutti: Destination Wedding com elegância e exclusividade
- Rota Rio: festival gastronômico leva sabores do Estado à Lagoa Rodrigo de Freitas
- Paço Imperial: exposições com diversidade artística e entrada gratuita