Sete Escolas de Samba iniciaram os desfiles 2020 do grupo especial do Carnaval 2020 do Rio de Janeiro nesta noite de domingo (23). Mais seis escolas desfilam na Sapucaí nesta segunda-feira (24).
No primeiro dia do Grupo Especial, montamos base no Camarote Rio Exxperience, espaço de luxo e conforto que enaltece a cultura brasileira. Com shows liderados por artistas femininas, nos dias do grupo especial e no sábado das campeãs (garanta seu ingresso aqui), sob a curadoria do Samba Social Clube, as cantoras Alcione e Gabby Moura deixam o camarote com uma atmosfera única, brasileira e divertida – sempre entre os desfiles das escolas de samba. Já no segundo piso do camarote, a DJ Pry Marambaia agita os convidados do Rio Exxperience com um setlist bem autêntico e eclético.
Gostamos muito do sabor da cerveja Therezópolis Rio Exxperience Carnival, feita especialmente para o camarote. Já mandamos recado para a Sommelière, Bárbara Cunha, que queremos essa edição durante todo o ano, uma delícia. Além da cerveja, a carta de drinks conta também com Espumante Chandon, Amazzoni Gin, Whisky Johnnie Walker e Vodka Belvedere.
E o que falar do “Copa Exxperience”, um espaço exclusivo dentro do Camarote para os hóspedes do Copacabana Palace. Conversando com Cassiano Vitorino – Gerente Regional de Comunicações do hotel, ele nos contou que o meeting point acontece na piscina do hotel e o transporte vai direto para o camarote, com todo conforto em uma localização privilegiada para assistir aos desfiles das escolas de samba.
O que mais admiramos no Camarote Rio Exxperience, além do menu degustação a noite toda, sua localização no Setor 7 e os dois palcos simultâneos nos intervalos dos desfiles, é que nele cabem 1.200 pessoas, mas para tornar a experiência mais confortável e luxuosa, a Barizon Entretenimento optou por receber apenas 600 pessoas por noite.
Desfiles 2020
A disputa da elite do Carnaval Carioca começou, neste domingo, 23, às 21h30, com a Estácio de Sá, seguida pela Viradouro, vice-campeã do ano passado. Passaram pela Marquês de Sapucaí, também a Mangueira, atual vencedora, Paraíso do Tuiuti, Grande Rio, União da Ilha e Portela.
Estácio de Sá – De volta ao grupo especial, e sob a liderança da carnavalesca Rosa Magalhães a agremiação do Morro São Carlos, na região central do Rio de Janeiro, trouxe em seu abre-alas, um dos carros mais bonitos da noite, com desenhos rupestres. O primeiro desfile da noite teve alas e carros sobre corpos celestes, pedras preciosas e minerais. A agremiação também fez críticas ao processo de extração dessas riquezas.
Unidos da Viradouro – A Viradouro fez um desfile que exaltou as mulheres negras de Salvador. O enredo “Viradouro de alma lavada” falou sobre as Ganhadeiras de Itaupã, quinta geração de lavadoras de roupa na Lagoa do Abaeté. A escola de Niterói, na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, inovou trazendo na bateria um tripé com duas percussionistas tocando timbau. A escola esquentou o setor 1, o mais popular da Avenida, jogou cocadas ao público e com a crise da Cedae (companhia de abastecimento de água no Rio), a escola utilizou água mineral em carros como o da comissão de frente, onde a atleta da seleção brasileira de nado sincronizado Anna Giulia, vestida de sereia, dava mergulhos de até um minuto em um aquário com 7 mil litros de água.
Mangueira – Terceira escola a desfilar no Sambódromo apresentou em seu abre-alas um grupo de bailarinos que reconstruiu possíveis tensões e situações de vulnerabilidade que Jesus sofreria se tivesse nascido no Brasil de hoje. No primeiro carro, os cantores mangueirenses Alcione e Nelson Sargento representam Maria e José, respectivamente. O desfile teve ainda uma estátua gigante mostrando um jovem Jesus negro crucificado e referências a indígenas, mulheres e membros da comunidade LGBT.
Paraíso do Tuiuti – O Paraíso do Tuiuti contou a história de “dois Sebastiões” em seu desfile: o rei português que desapareceu no século 16, Dom Sebastião, e o santo padroeiro do Rio, São Sebastião. A azul e amarelo do Morro do Tuiuti que nos últimos anos marcou os seus desfiles por questões políticas, em 2020, quis mais descontração. A agremiação começou seu desfile com atraso.
Grande Rio – A vermelho, verde e branco de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, contou a história do pai de santo Joãozinho da Gomeia, mas teve problemas com dois carros, um deles, o quarto carro – em homenagem os orixás – ocupou espaço a mais na avenida e quebrou a grade que separava o grupo da escola. Essa situação pode diminuir as notas em quesitos como evolução e harmonia.
União da Ilha – A azul, vermelho e branco da Ilha do Governador, a sexta a entrar na passarela do samba, mostrou a vida dura das comunidades do Rio em um desfile com estética realista. Não faltaram sinais das dificuldades: armas, ônibus lotados, pessoas vivendo nas ruas, desempregados… Depois do atraso da Grande Rio, a União da Ilha também teve dificuldades para colocar suas alegorias na Marquês de Sapucaí. O carro abre-alas, que representa uma comunidade, teve que ser manobrado na entrada da avenida, já com o tempo correndo. A escola ultrapassou um minuto a mais do que o permitido no desfile – o que significa que a escola perderá 0,1 pontos na contagem final.
Portela – A azul e branco de Madureira e Oswaldo Cruz, escola do Rio com o maior número de títulos (22), encerrou o dia e soube se aproveitar do amanhecer com cores leves mas cheias de contraste.
Os carnavalescos Renato e Márcia Lage, experientes no Grupo Especial, mas estreantes na Portela com enredo que tem muita relação com o meio ambiente – o desfile apresentou o contraste entre a terra sem maldades dos índios em sua mítica Guajupiá e a selva urbana que a cidade se transformou. A linda águia hit-tech abriu desfile da Portela.
Nesta segunda-feira (24), mais seis escolas voltam à Sapucaí: São Clemente, Vila Isabel, Salgueiro, Unidos da Tijuca, Mocidade e Beija-Flor.