A gigantesca mostra de Leonardo da Vinci no Louvre de Paris é a exposição do ano
Quinhentos anos depois da morte de Leonardo da Vinci, o Museu do Louvre, onde está exposta sua mais famosa obra — por sinal, a mais famosa obra de arte do mundo —, a Monalisa, inaugura na quinta-feira a maior exposição organizada sobre a obra do gênio renascentista, que já é considerada um grande sucesso.
No total, 162 pinturas, desenhos, manuscritos, esculturas e outros objetos foram reunidos após um grande trabalho de pesquisa que durou 10 anos. Apenas 11 dos quase 20 quadros atribuídos ao artista estarão presentes na mostra, mas todos são magistralmente valorizados pelas demais obras que as cercam e contribuem para explicar os trabalhos.
Entre os maiores empréstimos está o acervo de manuscritos que pertence à Rainha Isabel II, mas também a “Virgem Benois”, vinda do Museu Hermitage, ou ainda “São Jerónimo no Deserto”, que veio do Vaticano.
Os espetaculares desenhos e os apaixonantes croquis estão entre os destaques da exposição, assim como as obras de outros artistas renascentistas. Situam o autor em uma época agitada, que passa por Florença, Milão, Mantua, Veneza, Roma e finalmente França.
A mostra não se aprofunda na condição de sábio de Leonardo. Seu leão mecânico, exposto no Instituto Cultural Italiano de Paris, não está na exposição do Louvre.\A Mona Lisa, sua obra mais famosa e símbolo do Louvre, também não faz parte da mostra, mas poderá ser observada na Sala dos Estados, a poucos metros do espaço reservado para a exposição. A obra será o tema de uma experiência de realidade virtual no final do percurso da mostra. O visitante, com a ajuda de um capacete, poderá admirar o sorriso enigmático da obra em uma breve montagem que restaura sua luminosidade inicial, sem o tom amarelado que adquiriu com o passar do tempo.
Até o momento foram reservados 180.000 ingressos para a exposição. Ao lado da mostra sobre Tutankamon, que recebeu 1,42 milhões de visitantes, a exposição Da Vinci será sem dúvida o grande evento cultural do ano na França.
Os bilhetes de acesso à exposição devem adquiridos com antecedência na internet, e a reserva será para uma hora específica, de forma a evitar longas filas. O Museu do Louvre, o mais visitado a nível mundial, somou 10,2 milhões de entradas em 2018.