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Legalização dos jogos de cassino em Portugal impacta o turismo do país

Com a recente legalização dos jogos de cassino online em Portugal – que atua com concessão do Estado, revertendo sua arrecadação através de impostos – a expectativa de arrecadação era de 25 milhões de euros anuais com a tributação dos jogos online. No primeiro ano completo de operação do mercado de jogos regulado, as expectativas foram superadas com uma receita que atingiu mais de 122,6 milhões de euros.

Só o governo recebeu mais de 54,3 milhões de euros, com uma fatia de 44,2% desse mercado, graças ao imposto punitivo de 12% sobre os volumes de negócios das apostas esportivas. A nova lei destina 50% de suas receitas brutas à Santa Casa de Misericórdia (versão portuguesa da Caixa Econômica) e movimentou o mercado financeiro português com o faturamento do país nos setores dos jogos de cassinos online e presencial, que atingiu níveis recorde segundo os últimos relatórios do do SRIJ – Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos do Turismo de Portugal.

Jogos de cassino online e terrestres em Portugal

Apenas no segmento online, as sete operadoras de jogos licenciadas localmente geraram juntas uma receita de mais de 36,5 milhões de euros no último trimestre de 2017, o que representa cerca de 10 milhões de euros acima do mesmo período do ano anterior e 7 milhões de euros a mais do que o terceiro trimestre de 2017.

Já no segmento dos cassinos terrestres, 2017 também foi um bom ano para o mercado. Com receita total estimada superior aos 307 milhões de euros, só no terceiro trimestre de 2017 ocorreu um boom na receita bruta, superando os 86 milhões de euros – 14,5% a mais em comparação com o segundo trimestre do mesmo ano. Boa fatia dessa arrecadação veio do turismo tanto interno como de visitantes de outros países que aproveitam a oportunidade de se divertir nos cassinos portugueses.

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Impacto dos jogos de cassino em Portugal

O impacto dos jogos de cassino em território português é notável não só na movimentação financeira, mas também em diversas esferas. Como parte da cultura, os cassinos também se tornaram espaços de manifestações culturais, com performances artísticas e shows de música, dança e até de mágica.

Hoje, dois terços das casas de jogos do país são destinadas a atividades de lazer, cultura e entretenimento, atraindo também outro público que não deseja necessariamente jogar nos cassinos. Um exemplo é o Casino Lisboa, destino da juventude portuguesa, que abriga algumas das maiores festas da capital do país.

Empregabilidade e PIB de Portugal em alta

Ao mesmo tempo que os cassinos portugueses atraem visitantes e aumentam a arrecadação do turismo, eles se beneficiam do crescimento do turismo no país que nos últimos anos vem sendo um dos principais destaques na Europa. Portugal foi eleito “Melhor Destino Turístico” do mundo em 2017 pelo World Travel Awards (WTA, quando concorreu com adversários fortes como Grécia, Maldivas, Espanha e Brasil.

Com isso, a atividade do jogo nas 11 principais casas gerou uma receita de 75,8 milhões de euros, apenas no primeiro trimestre de 2018, 5,7% a mais que no mesmo período do ano passado.

E não só na capital Lisboa que o turismo e a arrecadação vem sendo impulsionada por causa dos cassinos. Além do Casino Lisboa, principal casa do país que registou um volume de receitas de 21 milhões de euros nos três primeiros meses do ano com o jogo, outras regiões do país também vêm se beneficiando com isso, entre elas Estoril, Póvoa de Varzim, Algarve, Espinho e Chaves.

Hoje, 11 cassinos empregam cerca de 18 mil pessoas em todo o território português. Depois da legalização dos cassinos em Portugal, o PIB cresceu 4% em 2017. Tirando os resultados positivos obtidos pelo setor de turismo do país, impulsionado pelos cassinos, o PIB anual estaria em -1%.

Jogos e apostas preferidas do público português

Segundo o relatório da SRIJ, os portugueses preferem as apostas no futebol (76,6%),  seguido pelo tênis (12,4%) e pelo basquetebol (8,5%). Já no mercado de cassinos, 45% dos jogadores preferem os jogos de máquina, 19,69%, enquanto 19,23% gostam mais da roleta francesa e 9,22% preferem o blackjack 21.

Já a receita bruta por tipo de jogo, de acordo com o relatório do SRIJ, leva em consideração as preferências dos jogadores de cassino portugueses. Jogos como bacará ponto & banca, bingo, blackjack 21, poker sem descarte, poker não bancado, banca francesa e roleta americana estão entre os preferidos – o bacará ponto & banca foi o que mais gerou receita bruta, superando os 3,5 milhões de euros apenas no terceiro trimestre de 2017.

Segundo a empresária Pansy Ho, filha mais velha do magnata Stanley Ho – com participação de 58% no grupo Estoril Sol, que detém os cassinos do Estoril, da Póvoa e de Lisboa – o propósito da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), organização que administra as empresas, é aumentar sua participação no país. Posicionar Portugal como um destino preferencial de investimento de jogos na Europa faz parte do plano de negócios da organização, que vê o crescimento crescente dos jogos de cassino no país como uma opção rentável de faturamento.

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