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Desvalorização do euro e da libra estimula intercâmbio

O real vem registrando forte valorização diante ao euro e a libra, tendência que se ampliou após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, chamada de Brexit, no dia 23 de junho. A moeda britânica perdeu cerca de 27% do valor ante o real no acumulado deste ano, chegando a casa dos R$ 4,26. Somente desde o plebiscito que definiu o Brexit, a queda foi de 14%. Já o euro recuou 15,5% neste ano, para R$ 3,64 – de 23 de junho para cá, desvalorizous­e 4,6%. Com o câmbio favorável aumentou a procura por essas moedas nas casas de câmbio, alguns pacotes para Londres ficaram mais baratos do que para os Estados Unidos o que também vem estimulando brasileiros a viajar e fazer intercâmbio na Europa, especialmente no Reino Unido.

Melhor para fazer turismo

Na operadora CVC, segundo Fábio Mader, diretor de produtos internacionais, a busca de pacotes para o Reino Unido aumentou 25% na comparação com o primeiro trimestre. “Para o restante da Europa, já que o euro também caiu, a procura cresceu um pouco mais, entre 25% e 30%”, acrescenta. Os dados incluem tanto viagens de turismo quanto intercâmbio. “Estamos realizando várias promoções para a Europa, o que tem estimulado as vendas. O fato de o pacote ser comprado em reais e poder ser parcelado em até 12 vezes é um atrativo”, ressalta.

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Melhor para fazer intercâmbio

Bruno Contrera, gerente de produto da operadora STB (Student Travel Bureau), afirma que, desde o Brexit, a procura por pacotes de estudos no Reino Unido subiu 15%. Alguns cursos, diz, estão com descontos de até 45%. “A procura havia diminuído por causa do custo de vida alto. Agora, com o câmbio, ficou bem mais acessível.”

De acordo com uma pesquisa realizada pela Belta (Associação de Agências de Intercâmbio), as principais motivações entre os estudantes que fizeram intercâmbio foram investimento em uma formação internacional, realização do sonho de conhecer países e culturas diferentes, interesse em aprender ou se aprimorar em um idioma estrangeiro, anseio de ter vivência internacional e possibilidade de conciliação de estudo, trabalho e turismo. Segundo a pesquisa, o intercâmbio também é visto pelos estudantes como uma maneira de obter diferencial na carreira, consequentemente aumentando sua chance de empregabilidade.

O estudo indica ainda que o tempo médio de permanência dos estudantes brasileiros no exterior é de 1 a 3 meses (mesmo período apontado na pesquisa de 2013). Em relação ao tipo de curso, os de idiomas ainda são o principal produto comercializado pelas agências de intercâmbio, seguidos de ensino médio (high school), cursos de férias para jovens e os de idiomas com trabalho temporário.

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DICA
Ao fazer uma viagem de lazer ou um intercâmbio sozinho faça um planejamento financeiro, não que isso não seja fundamental em uma viagem qualquer, mas estando sozinho, não vai haver nenhum amigo para fazer aquele empréstimo camarada. Por isso, faça os cálculos antes e seja disciplinado no gastos: se for preciso economizar, economize. Durante os passeios ou aulas, não leve todo o dinheiro com você: deixe parte dele na hospedagem, em um lugar seguro. Se não houver cofre disponível, separe um compartimento da mala e tranque com cadeado.

Tenha assistência médica internacional! Essa dica vale para qualquer tipo de viagem ou intercâmbio, estando acompanhado ou não. Mesmo que você “nunca adoeça” ou que tenha uma “saúde de ferro”, não pague para ver. Acidentes ou imprevistos acontecem com qualquer um e ter uma assistência médica num país estranho é fundamental. Durante os passeios, leve sempre com você o cartão do plano de saúde e os telefones de emergência.

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