Viajar com os nossos mascotes é uma delicia. Mas, além do planejamento e da organização prévios, precisamos levar em conta também alguns cuidados que facilitarão a adaptação ao novo ambiente. Afinal, viajar é como se mudássemos de casa, ainda que provisoriamente, né?
A mudança de ambiente pode ser um fator de estresse. Pois, alguns cães ressentem-se da viagem e estranham o novo local. Durante os dias de férias, é importante manter a rotina de alimentação e necessidades fisiológicas. Se o pet estiver acostumado a fazer suas necessidades dentro de casa, tapetes higiênicos ou jornal devem ser trazidos na bagagem e colocados à disposição dele assim que se instalarem na hospedagem. Oriente o bicho quanto ao seu novo “banheirinho”. Mas, se o mascote tem o costume de fazer as necessidades na rua, mantenha os horários rotineiros para isso e programe uma voltinha.
É importante também manter a dieta habitual. Ou seja, garanta a ração, comida ou qual seja a opção nutricional do seu animal, em quantidade suficiente para a duração da viagem – e ainda conte com um tantinho extra, para o caso de imprevistos. Assim, vocês não correm o risco de ter que mudar a alimentação, caso o estoque acabe e não encontre do mesmo produto no local de destino. Mudanças nutricionais drásticas podem causar problemas digestivos, como diarreias e vômitos, por exemplo.
Não se esqueça da bagagem do pet, com seus objetos “pessoais” como caminha, comedouro e brinquedos favoritos. Isso o fará sentir-se um pouco mais em casa.
Uma vez adaptados, desfrute a maior parte do tempo possível da companhia do seu mascote. Afinal, não foi para isso que você o levou? Então, inclua-o na sua programação! Procure se informar sobre os passeios e locais pet friendly na região visitada.
Respeite os limites e as afinidades do seu pet para com as atividades e programação que você deseja realizar. Cuidado para não o sobrecarregar fisicamente, não causar nenhum trauma ou mesmo trazer algum problema de saúde. E deixe-o desfrutar das áreas livres, se encher de carrapicho, rolar na grama, se sujar de lama, nadar, correr bastante. Cada um aproveita o momento como mais gosta. Esse é o jeito dele aproveitar. Não o impeça de valer-se dessa oportunidade e, lembre-se: a viagem deve ser inesquecível para os dois.
Qualquer alteração no estado de saúde do mascote, procure o medico veterinário mais próximo o quanto antes. E, se ele se perder, entre logo em contato com os órgãos públicos de controle de zoonose, as entidades de proteção aos animais e os veterinários localizados num raio de até 100 km da região em que ele desapareceu. Espalhe cartazes com a descrição dele e o telefone do hotel onde estão hospedados. Tenha sempre à mão uma foto do animal, para poder copiá-la e exibi-la para as pessoas. Mas o idealmesmo é colocar em sua coleirinha uma plaquinha de identificação com os dados de contato.
Na volta pra casa, se ele ficar arrasado, cansado, esgotado, jogado no chão, não fique se perguntando se está triste ou se não gostou da viagem. Pode ser só o tal “Mal da Segunda-Feira” que o atingiu. Pet cansado, é pet feliz. E com certeza, se você tomar esses cuidados e precauções, a viagem de vocês só pode ser animal!
Aproveitem!!!
Larissa Rios, fundadora da empresa e portal Turismo 4 Patas, é Turismóloga, especialista em Hospitalidade animal e roteiros de viagem e eventos pet friendly