A bola da vez agora é o lançamento do livro que conta a história de um dos maiores personagens da música e da dança do Brasil.
“Nelson Triunfo, do Sertão ao Hip Hop”, conta a história não só dele, que é tido como o pai do hip hop no Brasil mas também como a própria história do hip hop brasileiro. Desde suas influências, como, Gonzaga e outros artistas nordestinos até a música norte americana e a descoberta do grande mestre James Brown, o livro narra de uma forma encantadora.
O cabelo Black Power, sua principal marca, o gingado e a forma de rimar são únicas. Sua contribuição social através da música e da dança fez com que muitas crianças deixassem de seguir um caminho errado para terem um trabalho digno e de muita responsabilidade.
Gilberto Yoshinaga é um daqueles caras, inteligentes e observadores onde cada detalhe é uma surpresa e uma ideia a mais. Digo isso por conhecê-lo pessoalmente através do próprio Nelsão, em um daqueles “almoços culturais”.
A primeira namorada, as primeiras danças, a mudança para Paulo Afonso – BA e, depois, outras cidades, tudo isso é mostrado na biografia do pernambucano que, além do Brasil, é conhecido na Europa, América do norte e Ásia.
Nelsão não é apenas um grande dançarino, ator e coreógrafo. Nelson Triunfo, cujo sobrenome é o mesmo da sua cidade natal, é um excelente compositor e, em muitos encontros comigo, mostrou suas obras que devem virar disco em breve.
Além de improvisar como ninguém e misturar o repente com o hip hop, Nelsão é um pai preocupado com a educação dos filhos e um marido exemplar.
Quando conversei com Gilberto, o livro estava em uma fase de acabamento e revisões e ele estava muito animado pois escrever sobre Nelson Triunfo não é pra qualquer um.
Nelsão, com seu jeitão tranquilo, também estava muito feliz por receber um presente que irá contribuir para a história da música tupiniquim, assim como ele contribuiu e ainda contribui.
O livro, acredito eu, é de suma importância para a história da música brasileira, além de muito bem ilustrado com fotos raríssimas como a de Penna Prearo de 1978, até curiosidades como a prisão do cantor Djavan nos anos 70.
Pode ser até fácil falar de Nelsão, difícil mesmo é dançar e rimar igual a ele.