A menos de seis meses para o principal evento futebolístico do planeta, na rede espalham-se as notícias internacionais acerca de ingressos que atingem preços astronômicos no mercado negro, o custo exorbitante dos quartos de hotel, entre outras polêmicas.
Outra questão crucial relativa à Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014, que são muito importantes para qualquer torcedor que pretenda assistir a competição, são as passagens aéreas, especialmente para os turistas internacionais que querem chegar ao Brasil com um itinerário fechado. A impossibilidade de predizer os resultados dos jogos e saber até onde vai chegar uma equipe tornam difícil comprar todas as passagens para seguir uma seleção determinada, e os prognósticos não funcionam nem para os passageiros nem para as companhias que precisam estabelecer os seus planos de desenvolvimento para essas datas. Surgem, pois, inúmeras perguntas relativas ao funcionamento da comunicação aérea no país:
O Brasil terá problemas por causa da privatização tardia dos aeroportos?
Estão os aeroportos e as companhias aéreas prontos para a chegada do mais de meio milhão de turistas internacionais que se esperam para a Copa do Mundo?
São suficientes os voos e frequências locais existentes?
Vão oferecer as companhias aéreas brasileiras serviços especiais?
Basta só pesquisar nos sites das diferentes companhias aéreas para comprovar como os preços das passagens se incrementam ao se aproximarem às datas da competição, em alguns casos são até dez vezes maiores. Algumas companhias internacionais estão anunciando serviços específicos para os meses de junho e julho. Por exemplo, a companhia aérea venezuelana Conviasa anunciou voos especiais com motivo da Copa do Mundo, e sabe-se que milhares de peruanos vão viajar ao Brasil em voos privados operados pela Avianca e Condor Travel. Muitas outras agências de viagens internacionais também oferecem pacotes promocionais que compreendem passagens aéreas, diferentes opções de hospedagem e até passeios e outros serviços turísticos.
Além dos processos de leilão e as obras de melhora dos aeroportos do país, as principais companhias aéreas que operam no Brasil (encarregadas de operar os voos locais durante o Mundial) já solicitaram à ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) a mudança de frequências e voos durante a Copa do Mundo. A Anac disse que é preciso redefinir a malha aérea do país para se adequar às caraterísticas e necessidades do evento, e que vai coordenar os horários em 25 aeroportos: os doze das cidades-sede e outros próximos a esses destinos.
A TAM solicitou mudar 40% dos voos para as datas da competição, entre eles o aumento de quatro voos para Fortaleza, uma das doze cidades-sede. A Azul Linhas Aéreas comunicou que ainda está sondando a malha aérea para o período do evento. Porém, a Avianca, apesar do seu ótimo funcionamento habitual no Brasil, já aponta uma queda por parte dos passageiros brasileiros nas datas dos jogos da nossa seleção, já que os torcedores não vão viajar a outros destinos, só se deslocarão ao estádio em que jogue a seleção brasileira ou irão assistir os jogos pela televisão, nos diversos telões que estarão distribuídos por vários locais ou nas áreas do FIFA Fan Fest.