Para os apaixonados por viagens eis uma questão no mínimo desafiadora, como apontar um lugar favorito no mundo quando tantos conquistaram a sua simpatia e, por que não dizer, ganharam seu coração?

Posso estar enganada, mas acredito que a escolha de um destino favorito está bem mais relacionada às experiências que você vivencia em determinado lugar, do que necessariamente os atrativos que o lugar oferece. Tenho amigos que não voltariam a Paris em hipótese alguma, outros que não gostaram e muito menos recomendariam uma visita a Barcelona. Ambas, cidades ícones do turismo mundial e que, particularmente, entraram no topo da minha lista de lugares para se retornar.

Beleza natural? Atrativos históricos? Hospitalidade? Bons hotéis? Bons restaurantes? Preços acessíveis? O que um lugar precisa ter para ser especial a ponto de ser chamado o “meu” lugar favorito no mundo inteiro?

Mais de uma vez já me perguntaram qual meu destino favorito no mundo e por muito tempo eu não tinha uma resposta na ponta da língua. Certa manhã, enquanto meus companheiros de viagem estavam ainda no sétimo sono, acordei, peguei a câmera e saí caminhando pelas ruas de pedra de Pirenópolis.

Por alguns instantes tive a impressão de estar em uma cidade fantasma, silêncio nas ruas, janelas fechadas e uma paz que nunca havia experimentado antes. Enquanto caminhava e brincava de fotografar as fachadas coloniais dos casarões, me lembrei das inúmeras vezes em que estive na cidade e das inúmeras lembranças que aquele lugar me dera de presente. Dali em diante, mesmo tendo visitado lugares incríveis que me arrancaram suspiros, arrepios, sorrisos, quando penso no meu lugar favorito no mundo já não tenho dúvidas de onde ele está.

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