Junto com as quadrilhas e as comidas típicas, as comemorações populares dos dias de Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho) são acompanhadas pelo ritmo do forró, há quem diga que o termo tenha origem na expressão da língua inglesa “for all” – “para todos” em português. A lendária história, aceita e divulgada por muito artistas, diz que quando ingleses instalados em Pernambuco para a construção da estrada de ferro no início do século XX promoviam bailes abertos ao público, o for all, palavra que aportuguesada pelos nordestinos virou o nosso forró.
Outra versão conta a mesma história, mas com personagens diferentes. Os responsáveis pelas festas seriam norte-americanos de uma Base Militar instalada em Natal durante a 2ª. Guerra Mundial.
A versão mais aceita por estudiosos do tema, é que o forró seja mais uma herança africana incorporada à cultura brasileira. Alguns historiadores dizem que a palavra “Forró” vem do termo Forrobodó, de origem africana que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem.
Como uma festa para todos, sendo ou não de origem dos antepassados africanos, o forró é parte importante da cultural brasileira. O ritmo é dançado juntinho, mas quem não tem par também pode arrastar o pé sozinho. De tão importante tem até um dia reservado para homenageá-lo. O Dia do Forró é comemorado em 13 de dezembro, mesmo data do aniversário de nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, o principal propagandeador do ritmo.
As festas juninas são eventos tradicionais do calendário brasileiro e um bom retrato da diversidade cultural do país. Mas sua origem remete às festas populares europeias, principalmente de Portugal, que vieram para o Brasil durante o processo de colonização.
Na bagagem, os portugueses trouxeram as comemorações de alguns santos católicos como Santo Antônio, São João e São Pedro, celebrados no mês de junho.
13 de junho – Santo Antônio
É invocado para auxiliar solteiras e solteiros a encontrarem seu par ideal “arrumar casamento”. A conta de afazeres do padroeiro dos pobres já é grande, mas ele ainda encontra tempo para ajudar quem quer encontrar objetos perdidos.
Todo dia 13 de junho, as igrejas costumam distribuir os tradicionais paezinhos de Santo Antônio. Em vez de comê-lo, o pão deve ficar guardado em uma lata de mantimento para garantir fartura de comida durante o ano.
24 de junho – São João
Em vez de junina, muitos chamam os festejos de São João, pois dia 24 é o auge das festividades, exatamente quando se comemora o aniversário de São João Batista, o santo festeiro.
A lenda diz que nesse dia ele prefere dormir o dia todo para não ver as fogueiras na Terra e ficar com vontade de descer e comemorar também.
Por isso mesmo, as pessoas soltam fogos de artifício para tentar acordá-lo. Entre os costumes católicos, a Festa Junina é marcada pelo levantamento do mastro de São João. Foi São João quem criou o batismo e que batizou o primo Jesus.
29 de junho – São Pedro
Pedro foi um dos doze apóstos de Jesus, tendo o dia 29 dedicado a ele. É nesse dia que se rouba o mastro de São João para marcar o fim das festas juninas. Como características do festejo para São Pedro, estão a fogueira em formato triangular e o pau-de-sebo.
Na sua lista de missões, São Pedro é o guardião das portas do céu e responsável por fazer chover na Terra. Além disso, protege pescadores e viúvas. Na biografia, ele liderou os discípulos de Jesus e fundou a igreja católica, sendo considerado o primeiro Papa.
Leyberson Pedrosa, Renata Martins, com informações de Valmir de França
Correspondentes da Agência Brasil de Notícias
Edição: Eduardo Madeira