Estando em um momento permeado de muita fé onde recentemente com a escolha do novo Papa Francisco e a proximidade da Jornada Mundial da Juventude, a cidade do Rio de Janeiro irá receber um grande presente em forma de exposição que reúne peças de arte sacra no Museu Histórico Nacional.
A exposição estará apresentando ao público de 09 de abril a 28 de julho a exposição “A Arte à Serviço da Fé – Tesouros do Museu Histórico Nacional”, reunindo 390 peças de sua expressiva coleção de arte sacra, entre as quais pinturas, esculturas em madeira e marfim, oratórios, e objetos da Capela Imperial.
Abrem a exposição três esculturas em marfim – duas imagens de São Francisco de Assis e uma de São Francisco Xavier, numa homenagem ao Papa Francisco.
Essas três esculturas fazem parte de uma coleção única no gênero no mundo, não apenas pela quantidade de peças (572 exemplares) como pela qualidade das mesmas, onde o público terá a oportunidade de conhecer inúmeros exemplares na exposição.
Muito interessantes também são as pinturas sobre madeira, realizadas na Bahia do século XVIII, que fazem parte de um conjunto de seis painéis utilizados nas procissões dos Passos da Paixão de Cristo, na época da Quaresma. Essas procissões eram muito populares e concorridas durante o período colonial e essas pinturas são possivelmente cópias de gravuras flamengas executadas por algum artesão local ou mesmo português.
Também será possível encontrar peças de extrema importância na arte sacra como um importante conjunto de esculturas policromadas, outro de oratórios do período colonial e direto da Capela Imperial do Paço de São Cristóvão, os visitantes poderão apreciar o frontão do altar em madeira policromada, um conjunto de tocheiros, cálice, custódia e sacras em prata. Um verdadeiro tesouro!
Um pouco sobre a história de São Francisco de Assis e de São Francisco Xavier
Fundador da Ordem dos Franciscanos, São Francisco de Assis nasceu (1182) e morreu (1226) na cidade italiana de Assis. O santificado religioso promoveu na Idade Média a renovação sorridente do cristianismo, falando de amor e fraternidade entre todos os seres do universo. Os três votos a que submeteu a Ordem que fundou – obediência, castidade e pobreza – figuram simbolicamente nos três nós do cíngulo que trazem atado à cintura do hábito monástico. As esculturas expostas são em marfim, de origem luso-oriental e indo-portuguesa, do século XVIII.
O cognome Apóstolo das Índias outorgado a São Francisco Xavier (1506-1552), missionário da Companhia de Jesus, informa o alcance da obra desse jesuíta espanhol. A sua atuação estendeu-se ao Japão e à China, onde morreu (Macau). Canonizado em 1622, são relativamente poucas as suas figurações quando comparadas com a envergadura da obra que realizou. Escultura também em marfim e de origem indo-portuguesa do século XVII.
Serviço:
Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora, s/nº – próximo à Praça XV
www.museuhistoriconacional.com.br
Telefone: 21-25509220
Aberto ao público de 3º a 6º feira, das 10h às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados.
Aos domingos, a entrada é franca.