Fico me perguntando sobre a natureza, suas façanhas e, não obtendo respostas, incluo cada vez mais perguntas em minha cabeça, esperando, algum dia, chegar perto do que busco. Esse caso das chuvas em São Paulo e região metropolitana que cada ano deixa a população mais temerosa e sem respostas assim como eu e minha cabeça.
A sociedade culpa tudo e todos até, ela mesma. Lixo jogado nas ruas, políticos que não tomam atitude há vários anos ou sempre e, quem sabe, a própria mãe natureza que “não faz chover em lugares que precisam”. Outros comentam sobre aquecimento global, etc.
Não sou um entendedor de climas, o lado que vejo é o social que está na minha frente, sempre que essas coisas acontecem. Carros empilhados e muita lama, além de árvores arrancadas e sinais de trânsito danificados. Isto é o fim do mundo que vem chegando aos poucos? Pode ser que sim. O que fazer para mudar isso?
E quando o assunto é o contrário? Quando a chuva não é vista por meses e as pessoas imploram por água?
Animais mortos e a terra cada dia mais temível de ser pisada, dura. A seca que arrasa o Nordeste brasileiro, ao mesmo tempo que a água devasta parte do sudeste do país.
Este é o verão moderno, onde o sol continua sendo “um só” para todos e as vidas sentem na pele o ardor e o poder desse “deus” de civilizações antigas.
Dois mundos paralelos dentro de um só planeta, dentro de um só país. Vidas que temem, sem saber, o que virá amanhã e outras vidas que sabem, temem e, ainda assim, esperam por tempos de verde e fartura.
A grande maioria se agarra à religião e consegue forças, vindas das mais potentes rezas e orações, para que não os deixem cair e que o próximo dia seja um dia feliz.
https://www.youtube.com/watch?v=mVxheL4Rapc
Gonzaga , já naquele tempo, colocava tais questões, nitidamente, quando cantava : “Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água e ter-lhe pedido cheinho de mágoa, pro sol inclemente se arretirar”. Esse problema, da seca, foi ampliado para vários públicos, através de diversos artistas e o grupo carioca, “O Rappa”, regravou a canção “Súplica Cearense” fazendo com que os jovens de hoje também se voltem para um Brasil, que, por incrível que pareça, ainda não é totalmente conhecido.
https://www.youtube.com/watch?v=FYG_YP0AOhg
E a pergunta que ronda a minha cabeça vem à tona novamente: O que fazer para mudar isso?
Fabrício Ramos é cantor, compositor, colunista cultural e também um pesquisador apaixonado pelo fenômeno UFO.
Com um álbum todo autoral gravado, que o levou a fazer turnê no Japão, suas músicas estão conquistando fãs em todo o mundo graças à grande “teia” mundial. Fabrício divide seu tempo entre a graduação de História na PUC-SP e seus shows onde insiste em enviar mensagens de conscientização social, paz e amor, mesclando suas raízes pernambucanas com a música pop.
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