Uma das minhas postagens no Facebook, na semana passada, chamou muito a atenção dos internautas de plantão e resolvi publicá-la, aqui, na coluna do Embarque. Os anos passam e a impressão que tenho é que, cada vez mais, as pessoas se afastam da poesia existente nas músicas e buscam coisas rápidas e que não lhes permitem nenhum tipo de pensamento que não seja voltado para o sexo ou, então, para o abandono, no caso de um casal “apaixonado”.
A grande mídia tem, sem dúvida alguma, uma boa parcela de culpa nesta história.
No entanto, ainda existem os que buscam a boa melodia e a boa poesia musical, os que lutam contra tudo e todos para que a música brasileira não seja, simplesmente, um grande incentivo ao sexo e os shows, um local onde a imagem da mulher é denegrida.
A resistência está sempre em posição de alerta e pronta para a luta. Se eu disser que não gosto de sexo estarei mentindo, mas, exijo respeito dos aproveitadores que circulam por nosso país tirando vantagem e enchendo seus bolsos.
Bom, o que postei semana passada está logo abaixo:
Realmente as pessoas são muito mal informadas quando usam bandas do tipo “Desodorante com Cachorro Quente” ou “Calcinhas Azuis” e outras deste segmento para falarem que ISSO é forró. Usam o nome do forró, pois, não têm capacidade sequer de inventar um nome para a tragédia que pregam. Cada um gosta do que quiser, temos o direito da escolha, mas, respeitando os nomes e os grandes nomes que lutaram para que o verdadeiro forró tivesse o seu lugar. Interessante ver mulheres postando a favor desse tipo de “música” que as rotula como vadias e em que os homens são cachaceiros, cornos etc..etc.
Acreditem, devem sentir muito prazer ouvindo e se “passando” desta maneira. Depois não podem reclamar quando alguém, na vida real, fizer o mesmo que é cantado nesses shows. Shows esses muito bem pagos, pois, seus empresários dominam a mídia pagando altos valores (Jabás) aos meios de comunicação (ou, ao menos, a alguma grande maioria deles) que lucram também de uma maneira escandalosa e descarada.
Uma grande parte do povo também é culpada por não buscar o que quer ouvir, todavia, é também vítima por não ter oportunidade de escolha, já que são forçados, a cada “click”, a ouvir e ver esse tipo de coisa.
Falei do falso forró, porém, outros estilos acompanham essa onda que a cada 6 meses tem que lançar um novo artista por não ter competência de desenvolver um trabalho mais duradouro, fazendo a famosa música descartável. Quem me conhece sabe que sou a favor do espaço para todos e de uma maneira limpa. E quem não estiver satisfeito com este post, o problema é totalmente seu.
Fabrício Ramos é cantor, compositor, colunista cultural e também um pesquisador apaixonado pelo fenômeno UFO.
Com um álbum todo autoral gravado, que o levou a fazer turnê no Japão, suas músicas estão conquistando fãs em todo o mundo graças à grande “teia” mundial. Fabrício divide seu tempo entre a graduação de História na PUC-SP e seus shows onde insiste em enviar mensagens de conscientização social, paz e amor, mesclando suas raízes pernambucanas com a música pop.
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