Recentemente estivemos em São Paulo realizando a cobertura de alguns eventos na cidade e obviamente demos nossas passeadas pela cidade que nunca dorme. Entre museus, casas culturais, bibliotecas, deliciosos restaurantes e curiosas descobertas, entre elas o ROCK ‘N CYCLES CUSTOM SHOP, BAR & BURGER e o antigo casarão onde já funcionou a Casa Bandeirista do Itaim Bibi e um antigo hospício da cidade (antes habitada e visitada por fazendeiros, pequenos comerciantes e religiosos do Brasil colonial, a residência virou sanatório entre as décadas de 1920 e 1980) decidimos dar uma passeada no clássico Parque do Ibirapuera e aproveitamos a oportunidade para visitar a exposição Esplendores do Vaticano na Oca do Parque.
Confesso que sou profundamente apaixonada por história e arte, especialmente as fases Barroca e Renascentista e apesar de não ter um gigantesco conhecimento técnico sobre o assunto, minha curiosidade não se limita apenas a olhar rapidinho uma exposição e sair de lá como se estivesse vendo umas “coisinhas” legais. Se não me sinto tocada, algo está errado… Comigo, claro. Obviamente que este não foi o caso ao me deparar com esta – com o perdão do trocadilho – esplendorosa exposição. Esplendorosa no seu sentido mais amplo. Vale ressaltar que “Esplendores do Vaticano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte”, que chega pela primeira vez à América Latina depois de ter 1.5 milhão de visitantes nos Estados Unidos, apresenta 200 obras de arte sacra e objetos históricos significativos, muitos dos quais nunca deixaram o Vaticano.
Cada objeto que compõe a exposição conta sua própria história, formando um grande mosaico do legado da Igreja Católica e seu impacto sobre a arte, história e cultura da civilização Ocidental.
A proposta desta exposição é claramente compreendida a cada olhar mais atento. Não somente olhares às obras de arte, mas principalmente às pessoas que estavam apreciando e vivendo a emoção de estar diante de determinadas obras. Muitas nos deixaram encantados, outras nos deixaram curiosos, mas algumas nos tocaram de verdade, entre elas, a que mais me emocionou ficava na Galeria 11, dedicada ao saudoso Papa Santificado João Paulo II onde existe um molde em bronze de sua mão que pode ser tocada pelo visitante. A única obra que pode ser tocada. Confesso que não segurei a emoção e fui ás lágrimas neste momento. Me emocionei de verdade. Eu sempre tive muita simpatia por este Papa, apesar de não ser católica. A “mão” do Papa fica bem no finalzinho da exposição.
Passadas quase três horas de imersão em pura arte, descobertas e muita história, algumas informações foram “pinçadas” e devidamente anotadas somente a título de enriquecimento cultural mesmo. Vou destacar aqui abaixo algumas curiosidades mais gerais:
- O papado foi transferido em 1309 para Avignon, na França só retornando para Roma em 1377 pelo Papa Gregório XI;
- As famosas chaves de São Pedro só foram adicionadas á sua imagem na idade média;
- Tâmil é uma espécie de livro do século XVII todo feito em folhas de palmeira e com acabamento em bambu. São Francisco Xavier escreveu um entre 1506 e 1552;
- Michelangelo quando foi contratado para trabalhar no Vaticano tinha pouquíssima experiência com afrescos;
- O Papa Paulo IV era conhecido como Paulo “o terrível”. O temido Papa se dedicou fortemente á inquisição e rompeu com a Inglaterra.
Notas gerais:
Não é permitido comer ou beber no local da exposição
Não é permitido filmar e nem fotografar (mesmo sem flash). Na boa, não tente tirar foto nem mesmo com celular para não pagar um mico gigantesco, ser convidado a se retirar da exposição e parar na delegacia.
Serviço:
Em cartaz até 23 de dezembro de 2012.
Horários da exposição: segunda a domingo, das 10h às 20h (acesso até 19h)
Local: OCA – Pq. do Ibirapuera – SP – Av. Pedro Álvares Cabral, S/Nº, Portão 03.
Classificação etária sugerida: LIVRE, acompanhados dos pais ou responsáveis legais. A partir de 12 anos, desacompanhados. Crianças de colo até dois anos de idade, não pagam ingresso. Crianças de até 12 anos pagam meia-entrada.
Site oficial: www.esplendoresdovaticano.com.br