Tenho conversado muito com alguns amigos mais próximos sobre a literatura de cordel e até ensaiado alguns versos com eles. Além disso, o frevo, o forró e o repente são algumas das coisas que tento apresentar, com uma visão mais ampla, e, ainda, o pouco que sei sobre a literatura de Ariano Suassuna e a grande obra de Paulo Freire.
Essa questão de troca cultural é bem interessante e é algo maravilhoso mesmo quando se vive no mesmo país.
Era aí onde eu queria chegar. O Brasil é lindo, justamente, por permitir que raças mais diversas andem de mãos dadas, em paz ou buscando por ela.
São Paulo é um exemplo dessa grande mistura. É muito difícil não conversar, diariamente, com pessoas de estados diferentes ou até mesmo de países diferentes.
Sotaque, roupa, comida, música, tudo cabe quando é colocado de maneira respeitosa. Tenho observado e aprendido bastante com as pessoas por aqui, principalmente, as que estão mais próximas.
Gostaria que as pessoas se encontrassem mais e buscassem aprender mais umas com as outras. Infelizmente nos dias de hoje (ou seria sempre) a humildade de aprender com o próximo é bastante restrita. Alguns tolos insistem em se manter com “o rei na barriga” e se abstêm de qualquer coisa que cause um impacto maior. Mas, a grande maioria, isso em qualquer cidade, busca um conhecimento a mais, um algo mais, mesmo que esse conhecimento seja em doses pingadas, oferecidas a conta gotas para a população.
Temos a internet e o contato físico, pessoa – pessoa fica menor, mas, mesmo assim, os seres humanos precisam do próximo até mesmo pra usar a internet e suas ferramentas que podem construir, educar, ensinar etc., quando bem utilizadas.
Culturalmente falando, também, precisamos de pessoas para que permaneça viva a memória do nosso país, estado, cidade… Pessoas, precisam de pessoas e vice versa.