Quando você era bem pequeno, eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições, ensinando você a se vestir, amarrar os cadarços, fechar os botões da camisa.
Limpando-o quando você sujava suas fraldas, lhe ensinando a lavar o rosto, a se banhar, a pentear seus cabelos, lhe ensinando valores humanos. Por isso, quando eles ficarem velhos um dia (e seria bom que todos pudessem chegar até aí), quando começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder… não se chatei com eles.
Quando começarem a esquecer de fechar botões da camisa, de amarrar cadarços de sapato. Quando começarem a se sujar nas refeições, quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam os cabelos… por favor, não os apresse… porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo… basta sua presença, sua paciência, sua generosidade, sua retribuição para que os corações deles fiquem aquecidos.
Se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito, segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar, respeitando o ritmo deles durante a caminhada, da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar.
Fique perto deles, assim como eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você, torcendo por você e vivendo “por você”