Uma pesquisa exclusiva e inédita sobre o perfil do viajante brasileiro foi lançada em congresso de turismo. O diretor do Núcleo de Turismo da Editora Abril, Caco De Paula, juntamente com o diretor do Senac para Assuntos Estratégicos, Antônio Henrique Paula, e o diretor do Ibope Inteligência, Hélio Gastaldi, divulgou dados da pesquisa feita com uma amostra de mais de 6 mil leitores da revista Viagem & Turismo, da Editora Abril, baseados em suas experiências de viagens concretizadas e não apenas no desejo particular.
Com a perspectiva voltada para a Copa do Mundo 2014 e sem ignorar o atual cenário econômico e o momento de ascensão social, principalmente da classe C, a pesquisa revelou que o turista brasileiro tem entre 31 e 40 anos, viaja em família, pertence à classe A ou B (praticamente empatadas na porcentagem, com 48% e 47% respectivamente), tem uma média de viagem de duas vezes ao ano e a maioria já viajou para o exterior.
A percepção da beleza do destino é um dos fatores decisórios para a escolha da viagem. No Brasil, 64% procuram destino de inverno, já quando viajam para o exterior, 64%, buscam praias paradisíacas. A maioria opta por resorts por conta de suas atividades de lazer e infraestrutura; por hotéis com localização estratégica; por companhias aéreas mais baratas; pela confiabilidade das operadoras de viagem; e pelo itinerário dos cruzeiros.
A pesquisa ainda apontou um crescimento de 4% de consumidores da classe C, que não aparecia em pesquisas realizadas anteriormente. “A classe C sofreu um aumento expressivo, mas não é a mesma de antes. Foi criada uma nova classe econômica, apesar de estar sob a mesma denominação. É preciso apresentar um mercado para esse consumidor”, avaliou De Paula.
Dentre os canais de informação para definir a viagem, os consumidores dão preferência para as revistas especializadas (36%), internet (34%) e operadoras de viagens (13%).
A pesquisa
Com um planejamento de um ano e uma análise de quatro meses feita com 6115 pessoas, em 17 estados e no Distrito Federal, com 1200 variáveis e 33 categorias, a pesquisa foi desmembrada em duas fases. Uma em que o perfil do turista foi esmiuçado e a outra em que se falou de fatos já vivenciados por ele em termos de viagem, como se prefere praia ou serra até resort ou hotel.
“A amostragem foi feita entre os leitores da revista Viagem & Turismo por representarem um corte específico na população, já que possuem hábitos efetivos de viagem. Por isso o dado foi tão pungente. Essa pesquisa evidencia o fenômeno do turismo dentro da macroeconomia brasileira, por isso sua importância se dá por mostrar a direção que as empresas do setor devem seguir ao traçar caminhos produtivos, tanto qualitativamente, quanto quantitativamente”, explicou.