O ministro do turismo, Luiz Barretto, e sua colega italiana Michela Vittoria Brambilla, firmaram um pacto de combate conjunto ao turismo sexual. “Queremos cada vez mais visitantes estrangeiros, mas o viajante à procura de turismo sexual não interessa ao Brasil”, disse Barretto. Os dois ministros se reuniram ontem em Milão e combinaram ações conjuntas de comunicação e repressão a esse tipo de crime. “Isso (turismo sexual) não deveria ser chamado de turismo. Essa é a viagem da vergonha”, disse Brambilla.
Uma lei recém aprovada pelo congresso italiano permite que os cidadãos daquele país, acusados de prática de crimes sexuais no exterior, sejam processados na Itália. “Essa é uma lei de difícil aplicação porque é complexa a apuração de um suposto crime fora da Itália. Mas já é um avanço”, disse a ministra italiana. Em novembro de 2009, o governo italiano promoveu uma campanha publicitária de combate ao turismo sexual intitulada “E se fosse o seu filho?”.
No Brasil, além das ações de repressão, a cargo das polícias estaduais e da Polícia Federal, o Ministério do Turismo realiza ações de qualificação com famílias socialmente vulneráveis, por meio do programa Turismo Sustentável e Infância (TSI).”Além da ação policial, é preciso oferecer alternativas de emprego e renda às populações mais pobres”, disse o ministro brasileiro.
No encontro, os dois ministros discutiram ainda a transferência de conhecimento italiano na área de qualificação profissional nos setores hoteleiro e de bares e restaurantes. Brambilla e Barretto também firmaram um acordo para que o governo de Milão apóie a candidatura da cidade de São Paulo à sede da Expo 2020. Milão será sede da edição de 2015 da feira mundial. Os governos da cidade e do estado de São Paulo, juntamente com o governo federal, trabalham para consolidar a candidatura paulistana, que será apresentada em 2011. A presidente da São Paulo Turismo e Eventos, Luciane Leite, também participou da reunião.