Descubra vilarejos encantadores no sul da Itália, como Castelluccio Superiore, e viva o turismo em outro ritmo: mais humano, sensível e conectado à história local

No sul da Itália, há vilarejos que parecem ter sido tirados de um romance histórico, mas estão ali, vivos, pulsantes, resistindo ao tempo e ao turismo massificado. Se você procura uma experiência que vai além dos pontos turísticos batidos, prepare-se para se apaixonar por um roteiro que envolve história, afeto e um outro jeito de estar no mundo.
Entre ruas de pedra, o som dos sinos ecoando ao entardecer, o cheiro de pão saindo do forno a lenha e a hospitalidade generosa de quem valoriza suas raízes, as vilas medievais do sul da Itália oferecem uma viagem sensorial e afetiva. Neste cenário encantador, Castelluccio Superiore, na região da Basilicata, ganha destaque especial, e não apenas por sua beleza, mas por sua força simbólica e histórica.
Localizada no alto de uma colina, cercada por bosques e com pouco mais de mil habitantes, Castelluccio é o tipo de lugar onde o tempo parece correr devagar. As casas de pedra clara se empilham em curvas que contornam a paisagem montanhosa, a vida gira em torno da praça, do forno comunitário, das festas religiosas. A comunhão entre tradição e cotidiano pulsa em cada esquina.
Mais do que um destino turístico, vilarejos como esse são verdadeiros repositórios de memórias culturais, familiares e linguísticas. No caso de Castelluccio, a vila também carrega a história de muitas famílias italianas que migraram para o Brasil no início do século 20, como a da autora desta matéria, que tem raízes fincadas ali há mais de dez gerações.
Mas não é só Castelluccio que guarda preciosidades. Na Calábria, Puglia e outras regiões da Basilicata, vilas como Gerace e Civita também encantam. Gerace preserva ruínas bizantinas entre vielas que serpenteiam silenciosas, enquanto Civita, fundada por albaneses há séculos, mantém vivo um dialeto próprio e celebra rituais religiosos únicos, em meio a uma hospitalidade que é quase um patrimônio imaterial.
Esses pequenos povoados guardam tradições, idiomas, festas populares, formas de agricultura e modos de cozinhar que escapam aos grandes guias de viagem. E justamente por isso, estão ameaçados, seja pelo abandono, seja pela massificação do turismo sem critério. Cabe a nós, viajantes, agir de forma mais consciente para preservar essas preciosidades.

Como viver essa experiência de forma respeitosa:
- Respeite o ritmo local. Nada de pressa ou de “checklist” turístico. Deixe espaço para simplesmente estar.
- Hospede-se em acomodações geridas por locais. Casas de família e pequenas pousadas fortalecem a economia e criam conexões verdadeiras.
- Consuma de forma consciente. Prefira os produtos locais: o vinho da região, a cerâmica feita à mão, a ricota da vizinha.
- Valorize o encontro. Às vezes, a história contada por um morador vale mais que a melhor foto.
- Esteja presente. Essa viagem é também um exercício de presença. Um convite a desacelerar e viver em outra frequência.
Vilas medievais como essas não foram feitas para serem consumidas, foram feitas para serem vividas. Com respeito, afeto e curiosidade. São joias escondidas, onde o verdadeiro luxo é o tempo: tempo pra escutar, observar, saborear, respirar e se conectar com uma Itália que pulsa longe dos holofotes.
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