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Mistérios e curiosidades da Opéra Garnier, em Paris

Explore os mistérios e curiosidades da Opéra Garnier em Paris. Descubra o lago subterrâneo, o famoso teto pintado por Chagall e as lendas que cercam essa joia arquitetônica

curiosidades da Opéra Garnier
Opéra Garnier – Foto: Revista Unquiet

A Opéra Garnier, ou Palais Garnier, é um dos monumentos mais fascinantes de Paris. Com uma história rica e uma arquitetura impressionante, ela é uma parada obrigatória para os amantes da arte, arquitetura e história. Além de ser um dos símbolos do luxo do Segundo Império Francês, a Opéra Garnier é cercada por mitos e curiosidades que a tornam ainda mais interessante. Vamos explorar algumas curiosidades da Opéra Garnier e desvendar alguns segredos deste ícone parisiense.

A construção da Opéra Garnier foi um marco na renovação urbana de Paris durante o reinado de Napoleão III, liderada por Haussmann. O projeto foi concluído em 1875, após 15 anos de construção, marcada por atrasos, como inundações devido a um lago subterrâneo que fica debaixo do edifício. O arquiteto Charles Garnier, então desconhecido, foi o responsável por projetar essa verdadeira obra-prima no estilo neobarroco. Ele decorou o edifício com materiais luxuosos como mármore, esculturas e ouro, refletindo o esplendor da corte francesa​. Apesar de ter ordenado sua construção, Napoleão III nunca viu a ópera concluída, nem presenciou nenhuma apresentação no local. A obra terminou cinco anos após sua morte, deixando o tão aguardado camarote imperial desocupado.

O grande hall de entrada da Opéra Garnier é conhecido por sua majestosa escadaria, uma das mais belas do mundo. Feita em mármore branco, com corrimãos ornamentados em bronze, a escadaria leva os visitantes até os andares superiores, onde é possível admirar o teatro e as galerias. A imponência da escadaria é apenas uma amostra da opulência de todo o edifício, que se tornou símbolo de glamour e riqueza em Paris.

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Opéra Garnier – Foto: Revista Unquiet

Um dos segredos mais intrigantes da Opéra Garnier é o lago subterrâneo, localizado abaixo do edifício. Embora seja mais uma cisterna do que um lago propriamente dito, o local é envolto em mistério e foi uma das inspirações para o famoso romance “O Fantasma da Ópera”, de Gaston Leroux. O lago não é acessível ao público, mas sua função original era controlar as águas subterrâneas, que causaram atrasos na construção​.

A Opéra Garnier é famosa por ter sido o cenário do romance “O Fantasma da Ópera“, de Gaston Leroux. Publicado pela primeira vez em 1910, o livro transformou o local em um ícone da cultura popular. Segundo a lenda, o “fantasma” habitava os corredores da ópera, e essa história se popularizou ainda mais com adaptações teatrais e cinematográficas. O romance ajudou a cimentar a reputação da Opéra Garnier como um local misterioso e fascinante.

​O lustre central do auditório, feito de bronze e cristal e detalhado com ouro (pesando incríveis sete toneladas) , também faz parte do romance. Em maio de 1896, durante uma performance, um dos contrapesos desse imenso lustre caiu, atingindo um porteiro. E após ser imortalizado no romance de 1910, décadas depois foi adaptado para a Broadway.

Uma das adições mais notáveis à Opéra Garnier aconteceu em 1964, quando o teto do auditório principal foi redecorado pelo famoso artista Marc Chagall. As cores vibrantes e os temas etéreos das pinturas de Chagall criam um contraste único com a opulência dourada do teatro. Curiosamente, essa intervenção moderna foi polêmica na época, pois alguns puristas acreditavam que a arte contemporânea de Chagall não combinava com o estilo barroco da ópera​

O Palais Garnier é um marco do estilo neo barroco, com elementos de outras influências, como o classicismo grego. Além da escadaria e do auditório decorado com ouro, mármore e brocado, a Opéra Garnier abriga salões impressionantes, como o Grand Foyer, que foi inspirado na Galeria dos Espelhos de Versalhes. Esse salão era o local onde a elite parisiense se encontrava durante os intervalos das apresentações, cercada por candelabros de cristal e pinturas no teto​. Esta jóia do estilo neo-barroco tem o maior palco da Europa, com dimensões de 54m x 20m. Seu palco é tão grandioso que poderia acomodar o Arco do Triunfo! O palco da Ópera Garnier ainda tem outra peculiaridade: foi construído com  inclinação (fazendo com que a parte traseira seja um metro mais elevada que a frontal), o que melhora os ângulos de visão e traz uma ilusão de profundidade.

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Opéra Garnier – Foto: Revista Unquiet

Com capacidade para quase 2 mil espectadores, o auditório da Opéra Garnier impressiona não só pela sua grandiosidade, mas também pelos detalhes que compõem o espaço. Com o palco coberto de veludo vermelho e os assentos dispostos em formato de ferradura, o auditório é um verdadeiro deleite visual. O grande lustre de bronze e cristal no centro, que pesa mais de 7 toneladas, é um dos muitos elementos luxuosos que fazem da Opéra Garnier um lugar singular​

No topo do Palais Garnier, a estátua de Apolo é um detalhe que muitos visitantes podem não notar à primeira vista. Representando o deus grego da música, a figura de Apolo segura uma lira dourada, simbolizando o espírito da arte e do espetáculo que a ópera representa. A obra foi criada pelo escultor Aimé Millet, adicionando mais um toque de grandiosidade ao edifício​

A Opéra Garnier não é apenas um local para espetáculos, mas também oferece visitas guiadas, permitindo que os visitantes explorem seus salões e conheçam os bastidores do famoso teatro. O prédio também abriga uma biblioteca-museu, que contém documentos históricos e objetos relacionados à história da música e do teatro em Paris. É uma excelente oportunidade para mergulhar na história cultural da cidade

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