Embarque na Viagem

De Norte a Sul, são diversas trilhas para serem percorridas por meio desse esporte centenário que não para de crescer

Praticar um exercício e estar em contato com a natureza são duas coisas que podem caminhar juntas, literalmente. A prática do trekking junta o melhor desses dois mundos: de um lado, caminhadas que podem chegar até mesmo a vários quilômetros. Do outro, trilhas em lugares exuberantes, em meio a belas paisagens, repletas de acidentes naturais e desafios.

A prática do trekking no Brasil começou no início do século XX, mas foi inventada no século anterior. Ela advém da época da colonização da África do Sul, quando trabalhadores britânicos caminhavam por longos percursos por falta de automóveis. Hoje é um dos esportes mais praticados do mundo. Além disso, sua dificuldade pode ser ajustada para iniciantes, desde que tenham algum condicionamento físico.

O trekking pode ter um percurso fixo, isto é, começo, meio e fim, em uma rota traçada previamente. Pode também ser mais desafiador, como em algumas modalidades competitivas, onde o participante não conhece a rota de antemão. Pode também ter duração de algumas horas e até mesmo dias, condição na qual o praticante deve levar mantimentos. Pode ser praticado sozinho ou em grupo.

O Brasil conta com roteiros excepcionais e bastante tradicionais, que hoje estão bastante conectados com o ecoturismo. Eles estão bem espalhados por todas as regiões do país: são cânions, praias, cavernas, matas, entre outros tipos de ambientes. Em meio aos roteiros, é possível se deparar com fauna, flora e até mesmo culturas locais, que devem ser preservadas.

O trekking no Vale do Pati, dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, é certamente um dos mais famosos e bonitos do Brasil, mas também não é para iniciantes. Suas trilhas podem ser percorridas no tempo de 3 a 7 dias, e muitas eram usadas durante a época das plantações de café. São cavernas, platôs, rochas e cachoeiras em meio à Mata Atlântica prontas para serem vistas, exploradas e desbravadas.

No Sudeste, outro percurso de longa quilometragem bastante tradicional é encontrado: o Pico da Bandeira. Um dos pontos mais altos do Brasil, é considerado uma das melhores trilhas do país. Seus roteiros são sinalizados, mas não mais fáceis por isso. É necessário atravessar pedras, cachoeiras e piscinas naturais para chegar ao topo e conferir uma das vistas mais incríveis que se tem notícia.

Outra trilha entre as mais bonitas é a Travessia Petrópolis Teresópolis, com duração de cerca de 3 dias. Assim como nas outras trilhas, a orientação de um guia se faz fundamental, bem como ter os equipamentos adequados. Do ponto mais alto da trilha, é possível enxergar a cidade do Rio, mas, para tanto, é preciso vencer subidas e descidas, grutas e cachoeiras. Há ainda uma trilha suspensa, acessível para PCDs.

No Norte do Brasil, mais especificamente na fronteira com a Guiana e com a Venezuela, fica a entrada para a trilha do Monte Roraima. Suas jacuzzis naturais, rios e quedas d’água são o grande atrativo deste roteiro, que leva cerca de 8 dias para ser vencido. A altitude chega a quase 3.000 metros no seu ponto mais alto.

Para aguentar todo esse esforço, é preciso ter um bom preparo e experiência, que pode ser conseguido encarando as trilhas menos exigentes. No mais, uma boa alimentação, hidratação e até mesmo suplementação. A creatina monohidratada, por exemplo, auxilia na recuperação muscular e também na redução da fadiga, sendo ótima aliada para quem se aventura no trekking.