Existem muitas formas de se conhecer um destino, e uma das mais deliciosas é por meio da culinária local. Em algumas cidades, prevalecem os pratos secos, em outras, o caldinho. Enquanto isso, há as que gostam do doce mais doce e aquelas que não vivem sem a pimenta mais picante. A carne preferida, os legumes cultivados e as especiarias típicas da região se misturam de um jeito único em cada lugar, e o sabor final se transforma nas palavras que revelam a cultura daquele povo.
Em um país grande e cheio de diversidade como o Brasil, o paladar tem muitos territórios para explorar. Para ajudar os turistas a descobrirem o sabor dos cinco cantos do país, quando for seguro viajar novamente, a Booking.com listou um prato e um destino em cada região, onde os viajantes podem experimentar as delícias brasileiras.
Belém, Pará – Pato no tucupi
A culinária do Pará tem na cultura indígena a sua maior influência e isso se reflete muito bem na capital, Belém, que tem o mercado Ver-o-Peso como uma de suas principais atrações. Fundado em 1901 e tombado pelo IPHAN em 1977, o complexo engloba a Praça do Pescador, o Mercado de Ferro, área de Artesanato e diversas estações dedicadas a infusões e quiosques de alimentação, entre outros atrativos. Nessa famosa receita, o pato é cortado em pedaços individuais e mergulhado no caldo de tucupi – extraído da mandioca – com jambu, uma erva local que causa leve sensação de dormência na boca.
Salvador, Bahia – Acarajé
Típico da Bahia, o acarajé é um bolinho de massa de feijão fradinho frito em azeite de dendê. Costuma ser recheado com vatapá – preparado com farinha de rosca – ou com caruru – um cozido de quiabo. Inclusive, o acarajé é Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia. Em Salvador, turistas e moradores locais encontram o quitute nas conhecidas praças no bairro do Rio Vermelho e em Itapuã, onde estão as famosas baianas de acarajé.
Bonito, Mato Grosso do Sul – Caldo de piranha
Marcada pelo ecoturismo e águas de um azul cristalino, a cidade mato-grossense utiliza em seu prato típico um peixe presente em grande quantidade nas águas de seu pantanal: a piranha. Seu caldo é geralmente preparado com cebola e pimentão, e pode levar, ainda, folhas de louro e pimenta. Muitos restaurantes locais servem o caldo de piranha, mas não é incomum que seja vendido também em bares ou como comida de rua. Na região, acredita-se que o peixe pode ser afrodisíaco.
Vitória, Espírito Santo – Moqueca Capixaba
Orgulho espírito-santense, como dizem os locais: “Moqueca, só capixaba. O resto é peixada.” Na receita de peixe cozido com frutos do mar e vegetais, o que não pode faltar é a panela de barro. A moqueca capixaba é complementada com azeite de oliva e urucum e, diferentemente da moqueca baiana, não leva dendê, nem leite de coco. Em Vitória, as panelas de barro são produzidas por artesãs locais, conhecidas como Paneleiras de Goiabeiras, e tingidas naturalmente com plantas retiradas do manguezal. Essa atividade é, inclusive, reconhecida pelo governo estadual como um dos destaques da cultura popular de Vitória.
Porto Alegre, Rio Grande do Sul – Tainha na taquara
Carinhosamente apelidada de “Poa” pelos gaúchos, Porto Alegre é procurada pelos turistas principalmente por conta dos parques abertos, bons restaurantes e o famoso Mercado Municipal. Nesse prato típico do estado, o bambu de taquara serve como uma espécie de espeto para levar a tainha à brasa – peixe tipicamente brasileiro –, temperada com pimenta dedo-de-moça e limão. É tradicionalmente servida aos domingos na Colônia de Pescadores Z5, na Ilha da Pintada. Para chegar ao local, é necessário pegar um barco no Atracadouro do Gasômetro e navegar pelo Lago Guaíba.
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