A famosa “Cidade do Pecado” luta para se reerguer depois de ver sua economia arrasada pela crise do novo coronavírus
A crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus devastou a economia de diversos locais pelo mundo, em especial o turismo, além, é claro, de já ter vitimado mais de um milhão de pessoas ao redor do globo. Uma das cidades mais prejudicadas do mundo foi Las Vegas, capital do entretenimento nos Estados Unidos que recebeu 42,5 milhões de visitantes em 2019. Para os frequentadores assíduos da famosa “cidade do pecado”, restou apenas terem de lidar com a diferença entre apostar em um cassino físico e em um cassino online.
A União Local da Culinária 226 de Nevada, que representa cerca de 60 mil trabalhadores de cassinos e hotéis, relatou que 98% dos seus membros foram demitidos no auge do isolamento social, ainda em abril. Apesar de compreenderem a necessidade do distanciamento àquela altura, a situação dos profissionais de Las Vegas como um todo, foi dramática. Cerca de 350 mil pessoas ficaram desempregadas de repente em Nevada, estado que abriga Vegas.
A saída do isolamento social em Las Vegas começou em 9 de maio, quando o comércio não essencial, como lojas e restaurantes, foi autorizado a reabrir. No entanto, grandes cassinos, como MGM e Bellagio, ficaram sem poder receber turistas até 1º de junho.
Outro grande evento de entretenimento em Las Vegas, os shows ao vivo, só retornaram aos palcos depois do dia 30 de junho. Grandes companhias artísticas como o Cirque du Soleil anunciaram que seus espetáculos voltariam com o público reduzido. As famosas festas na piscina, grandes aspirações dos turistas de Las Vegas, ainda estão proibidas e não há data de retorno.
Os 400 cassinos locais se comprometeram a tomar medidas drásticas para evitar a disseminação do coronavírus. Por exemplo, na área de jogos, o limite de check-in passou a ser reduzido pela metade. As aglomerações foram completamente banidas e os funcionários que distribuem cartões e cartas aos clientes e apostadores passaram a ter que desinfetar as mãos durante cada nova interação ou rodada.
Existem 150.000 quartos de hotel em Las Vegas (em comparação com 107.000 em Nova York e 140.000 em Londres). Durante o auge do isolamento social, a taxa de ocupação média, que costumava ficar em torno de 90%, caiu para menos de 5%. Apesar desses momentos desesperadores para a economia local, a opinião dos frequentadores da cidade é de que Vegas não perdeu a essência, mesmo com as mudanças para garantir o distanciamento social nos cassinos.
Retorno das mesas de poker ainda se mostra desafiador
A volta do poker em Las Vegas não tem sido fácil. Devido a algumas restrições por conta do isolamento social, placas de acrílico separam os jogadores de uma mesa com assentos limitados e, apesar da volta, a atividade da cidade diminuiu, resultando no fechamento das salas de pôquer de três cassinos tradicionais. Os cassinos Excalibur, Mandalay Bay e The Mirage, todos parte do grupo MGM Grand, fecharam suas mesas de poker por tempo indeterminado. As atividades já estavam suspensas desde março devido à pandemia do Covid-19 e não retornarão tão cedo.
De acordo com o Nevada Game Control Board, o regulador de jogos do estado, havia 34 salas e 430 mesas em Las Vegas em fevereiro. Atualmente, o número foi reduzido para 21 locais com um total de 285 mesas. É importante notar que antes do grande declínio causado pela pandemia, Nevada atingiu o recorde de pior sala de pôquer desde 2002.
Novo cassino inaugurado na pandemia promete arejar Las Vegas
Apesar das restrições, a indústria do jogo está sempre pronta para aumentar em Las Vegas. O Circa Cassino é a mais nova atração do centro da cidade. O cassino abriu no final de outubro, com expectativa de atrair novos jogadores para a cidade, sendo um dos maiores polos de apostas esportivas do mundo. A abertura de um novo cassino com múltiplas atrações e sempre respeitando as medidas de segurança por parte da COVID-19 é vista como um fator importante para a retomada do fluxo de pessoas na cidade e o aumento do faturamento de toda a sua cadeia produtiva.
Na ala de apostas esportivas, são três andares, um auditório com capacidade para 1.000 pessoas e uma tela de 78 milhões de pixels. Para quem gosta de ficar ao ar livre, o Stadium Swim também possui um telão que exibe os principais eventos esportivos do mundo, e esses telões ficam em frente à grande área da piscina.
A entrada do recinto só é permitida a pessoas com idade superior a 21. Dividido em muitos ambientes, o Circa Cassino ainda possui um casino de 650 metros quadrados com mais de 1.300 slots e cerca de 50 mesas de jogo. No início da operação, ainda não estará disponível o hotel de 35 andares com 777 quartos, construído para abrigar os apostadores.
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