5 dúvidas comuns sobre o uso da máscara facial

A partir da obrigação de usar máscara facial para reduzir as chances de contaminação, surgiram dúvidas sobre quais são os materiais mais recomendados, como higienizá-las, por quanto tempo e onde elas devem ser usadas

Até o dia 8 de julho, a pandemia provocada pelo novo coronavírus, considerada a pior registrada no último século, havia contaminado mais de 12 milhões de pessoas e matado mais de 550 mil em todo o planeta.

Em poucos meses, os noticiários foram inundados de recomendações sobre como evitar a contaminação pela COVID-19. Lavar as mãos com sabão com mais frequência, evitar  aglomerações sociais e usar máscaras de proteção facial são as principais orientações de proteção antiviral.

Se, no início da pandemia, a recomendação era que a máscara facial de proteção fosse priorizada para profissionais de saúde que trabalham no enfrentamento da pandemia, após algumas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que todos deveriam sair em locais públicos usando máscara facial. 

Em poucos dias, a internet e as redes sociais foram tomadas por vídeos com instruções para que as pessoas fabricassem as próprias máscaras. Sendo um dos mecanismos de proteção mais recomendados para a pandemia, elas devem ser usadas corretamente para diminuir as chances de contaminação. Confira algumas dúvidas mais comuns sobre o uso delas.

Quais são os materiais mais recomendáveis?

A produção caseira levantou dúvidas sobre quais são os materiais mais recomendados para produzir as máscaras de proteção facial. Tecidos como o perfex são porosos por isso, não protegem. 

Em abril, o Ministério da Saúde brasileiro divulgou que as máscaras caseiras mais recomendadas são aquelas feitas 100% de algodão, tricoline e material sintético TNT, desde que o usuário não sinta alergias ao usá-lo. 

A N95 é o melhor tipo de máscara, pois filtra, pelo menos, 95% das partículas transportadas pelo ar. Contudo, tal modelo deve ser utilizado prioritariamente por profissionais de saúde da linha de frente, pessoas com COVID-19 confirmada ou sintomas intensos, seus familiares e outros responsáveis por seu cuidado.

Por quanto tempo usar as máscaras?

O tempo de uso depende do material. Enquanto as máscaras cirúrgicas devem ser jogadas fora após 4 horas ou quando ficarem úmidas, as N95 podem ser usadas por 12 horas. 

As máscaras de algodão, feitas em casa, devem ser utilizadas por até 2 horas e podem ser reutilizadas, desde que sejam lavadas, após o uso, com água quente e sabão. Se permanecer por muito tempo fora de casa, troque as máscaras e leve um saco plástico para armazenar as usadas.

Como ajustar as máscaras no rosto e higienizar as usadas?

Enquanto estiver usando a máscara, é fundamental não tocar a superfície com as mãos. Se precisar ajustá-la melhor em seu rosto, use os elásticos (ou fitas) presos à sua orelha. Ao chegar em casa, primeiro higienize as mãos com água em sabão. 

Em seguida, retire a máscara do rosto pelos elásticos e pelas extremidades do tecido, sem tocar a superfície. Deixe-a de molho em água sanitária por 15 minutos, enxaguando-a e guardando-a em um recipiente de vidro com tampa, impedindo contato com o ar do ambiente, que pode estar contaminado. Lave as mãos após terminar de higienizá-la.

Onde devo usar as máscaras?

Em quaisquer espaços públicos: ruas, transporte, comércios, calçadões, repartições públicas e áreas comuns do condomínio, para quem mora em apartamentos. Não é obrigatório o uso de máscaras em automóveis particulares. As exceções para isso ocorrem para motoristas de aplicativos e passageiros ou se, no carro, houver uma pessoa que tenha sido diagnosticada com COVID-19. 

Por quanto tempo o coronavírus sobrevive em superfícies?

Essa foi uma das primeiras questões investigadas pelos cientistas e infectologistas. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, as partículas de saliva contendo vírus podem permanecer flutuando no ar por, pelo menos, 40 minutos e, no máximo, até 2 horas e 30 minutos.

Essas partículas virais podem permanecer vivas em superfícies por horas ou até dias, dependendo do material e das características da superfície em questão. Enquanto plástico e aço inoxidável favorecem a sobrevivência do vírus por até 72 horas, em papelão e cobre, o tempo de vida é de 24 e 4 horas, respectivamente.

Em qualquer superfície, a quantidade de vírus vai diminuindo com o passar do tempo, o que reduz os riscos de contaminação. De toda forma, é fundamental evitar tocar em superfícies manipuladas por outras pessoas, como mesas, teclados,  maçanetas, interruptores, torneiras e telefones. 

A constante limpeza de tais superfícies, com sabão ou desinfetante, é obrigatória. Essa recomendação é especialmente válida durante a preparação de alimentos, em função da contaminação cruzada — transferência de agente infeccioso de superfícies ou alimentos contaminados para os não contaminados.

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