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Pesquisa: para onde e quando as pessoas pretendem viajar após a pandemia

Os resultados da pesquisa mostram insights confiáveis para empresas e turistas se prepararem e retomarem seus planos de viagem após a pandemia.

Estamos em um momento que mistura esperança e medo. Esperança, em poder retomar parte da rotina e voltar a planejar as viagens tão desejadas. Medo, em não saber como será o amanhã e se poderemos mesmo voltar a planejar de fato essas viagens.

Como vai ser quando pudermos viajar de novo? Com o intuito de trazer luz ao assunto para viajantes de negócios e  lazer, bem como para destinos e profissionais do segmento de viagens, a agência de comunicação e marketing especializada em turismo Interamerican Network, o site de notícias brasileiro Catraca Livre, a publicação peruana Infotur, o portal argentino Boardingpax e a associação mexicana Confetur uniram forças para descobrir mais sobre o assunto na América Latina e conduziram uma pesquisa sobre os impactos no turismo e as perspectivas para o setor após a pandemia da covid-19. Os resultados mostram insights confiáveis para empresas e turistas se prepararem e retomarem seus planos de viagem.

A pesquisa foi realizada na primeira quinzena de junho e seu universo na América Latina compreendeu 1.174 respondentes, principalmente do Brasil (44%), seguido por México (22%), Colômbia (13%), Argentina (12%), Chile (5%) e Peru (1%). A maioria foi composta de pessoas do sexo feminino (67%), com idade entre 25 e 54 anos, com uma maior representatividade da faixa entre 35 e 44 anos (30%).

A boa notícia é que quase metade dos entrevistados (46%) afirma pretender viajar ainda em 2020, sendo que outros 18% consideram viajar se encontrarem uma boa promoção. Os meses de novembro e dezembro são os preferidos para  o público participante, com 30% das respostas cada. Quando perguntados se pretendem fazer alguma viagem na época das festas de fim de ano, 47% dos pesquisados responderam que sim, 18% ficariam dependentes de uma boa promoção e 35% refutam totalmente a possiblidade. Os que descartam totalmente a ideia de viajar ainda em 2020 somam 36%, sendo que as principais razões para isso são a preocupação com a disseminação da covid-19 (63%) e dificuldades financeiras causadas pela pandemia (20%).

A inspiração para escolher o destino virá de buscas na internet (28%) ou de recomendação de amigos (28%), segundo as respostas. Outras fontes de ajuda incluem dicas dos agentes de viagem (14%), redes sociais (8%), influenciadores e blogueiros de viagem (8%), dicas da imprensa especializada (7%) e publicidade (7%). A forma de compra da viagem será de maneira independente para 50% dos respondentes, entrando em contato diretamente com companhias aéreas e hotéis, entre outras empresas do setor. As agências ou operadoras de viagens físicas e tradicionais mostraram quase o dobro de vantagem na preferência em relação às OTAs (Online Travel Agency, ou agências de viagem online), com 29% das respostas, ante os 15% que optariam pelos serviços de uma empresa virtual. O consultor de viagens independente aparece em 6% das respostas.

As viagens dentro do próprio país são a primeira opção para 54% dos participantes da pesquisa. Na sequência, a Europa é a preferência de 19% dos entrevistados, seguida de América Latina (13%), América do Norte (9%) e Ásia (2%). Se considerada apenas uma viagem dentro da América Latina, os destinos mais escolhidos foram Argentina (20%), México (18%), Peru (13%), Colômbia (13%), Chile (12%), Brasil (12%) e Uruguai (6%). Para fora da região, os destinos mais desejados para um possível roteiro turístico são Europa (principalmente Portugal, Itália, Espanha e Grécia), com 59% das predileções. A seguir aparecem Estados Unidos (principalmente Flórida), com 16%, e Ásia (principalmente Japão, Indonésia, Maldivas e Tailândia), com 11%. África do Sul, Canadá e Oceania tiveram, cada um, 4% da preferência, enquanto o Oriente Médio -surge com 2%.

Indagados sobre o tipo de viagem que pretendem fazer ainda este ano, um destino de praia ocupa, com folga, a preferência, com 39% das respostas, enquanto cruzeiros e destinos religiosos foram as alternativas menos escolhidas, com apenas 1% cada. Outras opções incluem viagens culturais (18%), ecoturismo e contemplação (13%), urbanas (12%), aventura (6%), gastronomia e vinhos (6%) e, por fim, esqui (2%).

A presidente e CEO da Interamerican Network, Danielle Roman, está confiante de que a pesquisa apontará direções para que as empresas de turismo e os turistas possam se preparar melhor para a retomada das viagens. “A pesquisa tanto confirma percepções sobre as quais já se fala no mercado, como aponta novos achados”, diz. “Ela está sendo disponibilizada para todos em seu formato integral, como uma contribuição dos organizadores para a retomada do setor”, finaliza a executiva.

Alguns resultados no Brasil mostraram tendências distintas daquelas notadas em toda a América Latina. “Ao contrário da tendência regional, a maioria dos brasileiros (44%) diz não pretender viajar nos feriados de fim de ano, mas outros 27% considerariam a opção se encontrassem uma boa promoção”, comenta o diretor da Interamerican e coordenador da pesquisa no Brasil, Osmar Maduro. “E os brasileiros mostraram uma confiança maior na imprensa especializada na pergunta sobre quem inspira sua próxima viagem: essa opção aparece em terceiro lugar, com 10% da preferência, atrás apenas de buscas na internet (33%) e recomendação de amigos (30%), e à frente de agentes de viagem (9%), redes sociais (7%), influenciadores e blogueiros de viagem (6%) e publicidade (5%)”, analisa.

Chile (20%) e Argentina (19%) encabeçam a preferência de países para os quais os brasileiros gostariam de fazer -um roteiro na América Latina. “Porém, para nossos vizinhos, o Brasil não está bem cotado nas respostas sobre destino desejado dentro da região para uma próxima viagem: aparece em 5º lugar para argentinos, chilenos e mexicanos, e em 9º (penúltimo lugar) para colombianos e peruanos”, destaca Osmar.

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