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Espanha poderá receber turistas estrangeiros em julho

Taxa de contaminação no país está abaixo de 1 para 1

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Plaza Mayor de Sevilla ao entardecer

A Espanha anunciou no dia 23 de maio que poderá receber turistas internacionais a partir de julho. Na Europa, moradores locais já podem usufruir, ainda que com muita cautela, de espaços coletivos como praias e praças, isso porque o número de casos no continente está mais baixo, se comparado aos meses anteriores e à situação da América Latina, que é o novo epicentro do coronavírus.

Seguindo a decisão de flexibilização de saídas de casa tomada pelos vizinhos Grécia e França,  foi a vez de outro país, a Itália, assumir uma posição mais flexível e autorizar seus cidadãos, também no sábado (23), a ir às praias, mas apenas para passear ou tomar banho – não é permitido tomar Sol. Em Madri e Barcelona, museus e hotéis poderão voltar a receber turistas já em junho.

O continente ainda é o mais afetado pela pandemia e atingiu a marca de 2 milhões de infectados na penúltima semana de maio, com 173.000 mortes. Porém, tais retomadas são possíveis, pois o número de transmissões sofreu redução significativa nas últimas semanas. Na Espanha, por exemplo, a taxa de contágios é de 0,20, isto é, a doença nem sequer é transmitida de pessoa para pessoa (1 para 1).

Apesar disso, o temor continua: a expectativa de aquecimento da economia com a volta dos clientes para diversas áreas influenciadas pelo turismo, como bares, restaurantes, empresas de aluguel de carros renta de autos, hotéis, dentre outros, vem acompanhada pelo medo de uma nova onda de contágios.

América Latina tem maior número de casos

Atualmente, a situação que era observada no princípio da pandemia se inverteu: os bons números europeus contrastam com os casos crescentes na América Latina, que, puxada pelo Brasil, é o novo epicentro da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ameaçando a estabilidade social e econômica da região.

O Brasil representa quase 60% do número de casos e mortes no continente, com 21.048 mortos e 330.890 infectados pelo novo coronavírus, sendo cerca de 1.000 novas mortes em 24 horas, segundo o balanço recente do Ministério da Saúde. Em óbitos, o país só está atrás dos Estados Unidos.

No território brasileiro, a maior preocupação está nos estados do Amapá e do Amazonas, que registram 613,4 e 612 infectados a cada 100 mil habitantes. A taxa de incidência nacional da Covid-19 é de, em média, 150. 

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