A trilogia que levou multidões aos cinemas nesta década foi toda filmada na Nova Zelândia — e hoje os lugares são acessíveis aos turistas
O horizonte da fazenda exuberante perto da cidade de Matamata, na província de Waikato, no Norte da Nova Zelândia, foi usada em O Senhor dos Anéis para exibir a região pacífica de Shire na Terra Média. O vilarejo de Hobbiton foi criado ali e reconstruído para a filmagem da trilogia Hobbit, ficando também para o consumo turístico. O ator estadunidense Elijah Wood, que interpretou Frodo na película, disse ao jornal The Guardian que, quando chegou a Hobbiton, ficou emocionado. “Um misto de nostalgia e história me invadiu”.
Em Wellington, capital do país oceânico e local conhecido dos brasileiros em intercâmbio na Nova Zelândia, a locação do filme mais acessível é o Monte Victoria, que fica próximo do centro da cidade. As áreas florestais da montanha eram usadas nas cenas para representar a região de Hobbiton Woods, onde os hobbits se escondiam dos cavaleiros negros.
Outros lugares da pequena metrópole incluem o Rio Hutt, entre os parques Moonshine e Totara, que em O Senhor dos Anéis era chamado de Rio Anduin, e o Harcourt Park, que foi transformado nos Jardins de Isengard no roteiro dos filmes.
Já o Kaitoke Regional Park, também em Wellington, se tornou Rivendell, onde Frodo se recupera de um ferimento à faca. A localização exata — uma área fechada coberta por mata nativa — é sinalizada por um estacionamento destinado aos turistas.
De Wellington, é possível dirigir até a Costa Oeste, ao Queen Elizabeth Park, perto de Paraparaumu, que foi usado para filmar a cidade fictícia de Nazgul na batalha de Pelennor Fields. Seguindo pela costa fica a Floresta Waitakere, onde Frodo, Sam e Gollum caminharam depois de deixar Faramir. Um passeio sobre as montanhas à região de Wairapapa leva ao lugar chamado de Putangirua no filme, em que Aragorn, Legolas e Gimli procuraram os “Caminhos da Morte”.
Voltando a Wellington é possível conhecer ainda o Weta Workshop, o Weta Digital e o Império de Miramar, que são centrais na produção da trilogia Hobbit. Embora os locais sejam restritos a visitantes, os peregrinos de O Senhor dos Anéis podem conhecer a Caverna Weta.
Ao Sul da Nova Zelândia, o município de Nelson Tasman (271 km de Wellington) é a casa de Jens Hansen, o ourives responsável pela criação de 40 tipos de anéis diferentes usados na produção. Um dos anéis originais está em exposição e cópias deles podem ser compradas ali em 9 ou 18 quilates.
Dirigindo dali à Oeste pela montanha Takaka, se chega ao lugar do que foi usado na película para representar a Floresta Chetwood. Foi ali que os rangers encontraram os hobbits para levá-los ao país à Leste de Bree, em uma tentativa de escapar dos cavaleiros negros.
Hoje, os turistas podem pegar um helicóptero apenas para ver em que lugar a irmandade se escondeu dos corvos negros de Saruman. Alguns pedem aos pilotos para mostrar Dimrill Dale — Mount Olympus e Mount Owen. Do alto, ainda é possível ver quase todas as áreas dos parques nacionais de Abel Tasman, Nelson Lakes e Kahurangi.
Em Canterbury (592 km da capital), no alto do distrito de Ashburton, fica o monte Sunday — uma colina se serviu de cenário de Edoras, a principal cidade do povo Rohan. Nada permanece do set de filmagem, que demorou nove meses para ficar pronto, mas o lugar ainda mantém um quê de magia. Turistas podem estacionar seus veículos na estrada Hakatere Potts e andar até o local das filmagens — perto dali a estação Mount Potts possui um hotel e um restaurante para quem quiser passar a noite.
Em Mackenzie, perto da cidade de Twizel (710 km de Wellington) o diretor neozelandês Peter Jackson filmou a batalha épica de Pelennor Fields, onde milhares de orcs criados por Sauron combatem os homens de Gondor e Rohan. Os exuberantes campos que se estendem dos pés aos topos das montanhas parecem exatamente com os que foram descritos nos livros de J. R. R. Tolkien. Propriedade privada, os pontos de filmagem podem ser visitados por meio de operadores de turismo que atuam em Twizel.
Enfim, do vilarejo de Glenorchy, na cabeceira ao Norte do Lago Wakatipu, é possível ver as encostas do Monte Earnslaw, que aparecem na sequência de abertura de As Duas Torres. Dali ainda é possível ir até Lothlorien, uma floresta que, no filme, representa o caminho em direção ao paraíso. Outra locação memorável fica perto de Queenstown, em Arrowtown (915 km da capital do país), onde os visitantes podem andar até Ford de Bruinen, no Rio Arrow — ali foram gravadas as cenas de Gladden Fields.
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