Com arquitetura de estilo soviético, uma rica história milenar, diversidade étnica e preços realmente baratos, o Leste Europeu pode ser considerado um dos melhores lugares do mundo para se visitar como mochileiro.
“Mas é seguro?”, as pessoas perguntam. “Posso me locomover com facilidade? Eu ouvi dizer que ninguém fala inglês”. Por trás de todos esses estigmas, bastam poucos dias na região para atestar a simpatia e a disposição de seu hospitaleiro povo.
Embora os prédios da era soviética ainda estejam lá, a realidade é que a região é maravilhosamente diversificada e charmosa. Ela tem uma história incrível e está entrando cada vez mais no centro das atenções como uma parada obrigatória na lista de destinos dos viajantes.
Isso porque o Leste Europeu é um paraíso de beleza natural (de picos escarpados a litorais idílicos), tem uma cultura vibrante e uma excelente vida noturna. Tudo isso por uma fração do preço em comparação com as grandes capitais do Oeste, como Paris e Londres.
Mas afinal, o que é o Leste Europeu?
Os países do Leste Europeu podem ser agrupados tanto por sua geografia quando pelo passado de influência soviética, mas são todos etnicamente, culturalmente e historicamente diversos.
Embora haja muito debate entre o que constitui o Leste Europeu, vamos estabelecer que seja qualquer coisa ao leste da República Tcheca. Isto incluiria, entre outros, Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslovênia, Eslováquia, Hungria, Kosovo, Macedônia, Moldávia, Montenegro, Polônia, Romênia e Sérvia. Com uma gama tão grande de países, a região oferece todos os tipos de geografia ou temperaturas que você poderia desejar.
Você pode esquiar ou caminhar pelos picos das montanhas selvagens da Eslovênia ou aproveitar o sol nas praias deslumbrantes de Montenegro. Deleitar-se nas cidades turísticas do Mar Negro, no leste da Bulgária, perder-se nas florestas intermináveis da Romênia ou passear de bicicleta pelo pitoresco campo polonês. Seja qual for a estação, qualquer que seja o seu estilo, o Leste Europeu tem algo para todos e com o bônus de não ser tão movimentado quanto seus vizinhos ocidentais.
Embora as taxas de câmbio não sejam mais como nos anos 1990, ainda é significativamente mais barato visitar Bucareste do que Paris. Isso se aplica a toda a linha de transporte, acomodação e atividades turísticas. Muitos dos países da região já fazem parte da União Europeia. Apesar disso, com a exceção da Eslováquia, países como República Tcheca, Polônia, Hungria, Romênia e Bulgária não adotaram o euro.
Por isso, faça sua pesquisa antes de viajar para saber exatamente as moedas e taxas atualizadas. Em alguns países, como a Bósnia e a Sérvia, você não pode obter a moeda local até que esteja dentro do país, portanto, certifique-se de que planeja isso e traga euros ou dólares suficientes para converter.
Quando o assunto é cultura, fica praticamente impossível colocar metade de um continente numa mesma categoria. As coisas mudaram em relação a história complicada do século XX e a região oferece muito mais do que apenas a parte triste de seu passado. Os povos da Europa Oriental são resilientes e orgulhosos e é a sua tenacidade que ajudou a impulsionar as revoluções econômicas e culturais que vemos hoje.
No quesito diversão, o Leste Europeu é imbatível. Meca das raves underground, as festas na região são muito mais dinâmicas do que em qualquer país pelo mundo. São alternativas, divertidas e sempre foram uma das atrações principais para o turismo. Dos ruin pubs em Budapeste aos sofisticados bares de praia em Montenegro e os incríveis festivais de verão da Croácia, a vida noturna por aqui é muito diferente do Ocidente e um tanto melhor.
Muita diversão faz da região um dos escapes favoritos para viagens de fim de semana. Para além das festas, o Leste Europeu também recebe importantes eventos ao longo do ano que agitam suas cidades. Um que se destaca é o European Poker Tour (EPT), uma série de torneios de poker que viaja pelo continente europeu. A etapa final que define o grande campeão de 2018 acontece em dezembro em Praga e promete atrair fãs e atletas de todo o mundo.
Outro ponto muito positivo para os mochileiros no Leste Europeu é a sua autêntica culinária. Esqueça essa história de pagar quatro euros por uma baguete em Paris ou lutar por uma mesa em um restaurante em Roma. O Leste Europeu é o lar de uma deliciosa cozinha: borscht, goulash, pierogies e todas as deliciosas combinações de batata e carne que você possa imaginar. Não há nada mais satisfatório do que um prato gigante de chucrute caseiro feito por uma babushka ucraniana depois de um longo dia de passeio. Sem mencionar o acompanhamento de uma bela caneca de cerveja local.
Motivos não faltam para mochileiros e mochileiras desbravarem o Leste Europeu. Nosso conselho? Compre um mapa, carregue sua mochila e embarque numa aventura memorável onde história, diversão e natureza podem sem apreciados a preços bem acessíveis.
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