Três praias paradisíacas, Tahiti, Fiji e Bora Bora, estão entre os principais desejos de brasileiros que estudam no país oceânico
Apesar dos custos dos voos e das longas horas de viagem impedirem algumas pessoas de visitar a Austrália e suas vizinhanças a turismo, a presença cada vez maior de estudantes brasileiros no país oceânico trouxe para as agências de turismo do Brasil a tarefa de encontrar roteiros alternativos por lá.
Brasileiros em intercâmbio na Austrália são parte de um fenômeno cada vez maior: as viagens curtas para o país bateram um recorde ao registrar um aumento para 48,1 mil chegadas nos doze meses anteriores a janeiro de 2017. A taxa significou um crescimento de 181%, ou 31 mil pessoas, em relação às viagens curtas no mesmo período até janeiro de 2007.
Segundo Vinícius Barreto, CEO da Australian Centre, uma das maiores agências de intercâmbio para a Austrália operando no Brasil, houve um aumento de 30% no número de estudantes brasileiros procurando instituições de ensino na ilha oceânica entre 2015 e 2016. Em média, a cada ano, a taxa de viagens aumenta em 20%.
Para ajudá-los a conhecer um pouco mais dos países nos arredores, listamos os principais destinos da região baseado em critérios como os votos de visitantes em sites de viagens, avaliações de acomodações e a variedade de atrações, além de algumas indicações dadas por estudantes do Brasil que já conheceram os locais.
Tahiti
Com uma vasta costa, dezenas de resorts e uma cozinha francesa reconhecida, o Tahiti se tornou um destino procurado nos últimos anos por vários turistas do mundo todo. Apesar da reputação idílica e da acessibilidade, a ilha do Pacífico é mais do que um lugar batido para passar um período romântico: se há um lugar que embute a bela dualidade da Polinésia francesa é o Tahiti.
A capital Papeete mistura uma atmosfera caótica urbana com uma natureza ainda virgem — e muitos brasileiros a associam como uma pequena Rio de Janeiro. De fato, o Tahiti, a maior das ilhas da Polinésia francesa, que tem 118 ilhas, diz respeito a uma junção de duas ilhas por meio de uma grande e bonita ponte. De um lado, em Nui, a maior ilha, está Papeete, e do outro, Iti, menor, é menos acessível, apesar de muitos visitantes escolherem-na para ficar em reclusão durante o período de férias na Austrália.
Segundo o site estadunidense U.S Travel, o Tahiti é o destino principal do mundo de luas de mel e de praias para relaxar. Entre os lugares indicados estão a Plage de Maui, uma praia com areia branca e águas mornas em que os quiosques chegam a entrar dentro da água para oferecer drinks, a queda d’água Fautaua e a praia de Papenoo.
Fiji
Com águas azuis-turquesa, resorts de luxo e areias que brilham, Fiji se parece com outros destinos tropicais. No entanto, o conjunto de 333 ilhas atendem aos amantes de todos os tipos de pássaros, aventureiros, surfistas, mergulhadores e turistas ocasionais em busca de uma praia bonita para postar no Instagram.
Fiji, porém, difere dos outros destinos comumente vendidos no exterior: desde sua distância maior da Austrália e da Nova Zelândia, a ilha oferece um sentimento real de reclusão a quem a escolhe. “Você se sente de verdade longe do mundo quando senta em uma praia, começa a tomar alguma coisa e vê o sol se pôr”, explica o estudante paulistano Gabriel da Hora, que esteve na ilha durante seu intercâmbio na Austrália, no ano passado.
Um dos destinos preferidos é o conjunto de 20 pequenas ilhas chamadas de Mamanucas, acessível por um barco do Port Denarau. Frequentemente, imagens das praias dessas ilhas aparecem em catálogos de paisagens paradisíacas e destinos mais desejados por turistas do Ocidente. Foi ali também que Tom Hanks protagonizou um dos filmes mais famosos da sua carreira: “Náufrago”, de 2000.
Bora Bora
A pequena ilha de Bora Bora é famosa por um vulcão dormente no centro do seu território e uma grande selva que cresce ao redor de um lago. O escritor James Michener, autor de Tales of the South Pacific, chamou Bora Bora de “a ilha mais linda do mundo”. No século 18, o explorador britânico James Cook costumava se referir a ela como “Pérola do Pacífico”. Hoje, ela também tem resorts, bares e hotéis cinco estrelas para receber os contemporâneos convencidos por seus antepassados.
A principal indústria na pequena ilha da Polinésia francesa é, claro, o turismo. É possível escalar uma grande montanha, a Otemanu, e explorar as águas de Vaitape, perto do principal porto local. Há, porém, um problema: “Bora Bora é muito cara. De fato, você deve visitá-la se gostar de natureza, se estiver em busca de tranquilidade e se tiver dinheiro”, diz Gabriela Mayamoto, estudante de São Paulo que passou dois dias na ilha quando vivia em Sydney, na Austrália.