Por Renan Ribeiro
Renan Ribeiro, é um brasileiro que vive em Roma há alguns anos, e hoje está compartilhando, com os leitores do Portal Embarque na Viagem, suas experiências e aproveitando para mostrar um pouco desse lugar maravilhoso que é a Itália. Renan, é estudante da História da Arte na universidade “La Sapienza” em Roma, e autor do blog Roma Peregrina – www.romaperegrina.com, um espaço que fala sobre turismo religioso e peregrinação na Itália.
Tombada como patrimônio da humanidade pela UNESCO em 1999, a Villa Adriana na cidade de Tívoli, é um dos sítios arqueológicos mais visitados da Itália. Distante aproximadamente 30 quilômetros de Roma, é perfeita para uma pequena excursão ou passeio de um dia para os turistas de passagem pela capital.
Os vestígios e as ruínas que ainda hoje nos impressiona pela sua grandiosidade e beleza, nos dão apenas uma idéia do esplendor vivido no seu auge. A Villa Adriana foi construída pelo imperador Adriano entre os anos 118 e 138 d.C.
A palavra villa em italiano pode ser traduzida como mansão, porém, o imperador Adriano fez muito mais que isso. O imperador naquele período já era considerado um homem muito culto, era apaixonado pela arquitetura e por viagens e tinha um gosto muito refinado para artes. Como prova disso, podemos citar outras construções memoráveis na história de Roma, o Cosileu e o Castel Sant’Angelo.
Atraído pelo clima e pelas águas termais de Tívoli, somados a vida caótica de Roma, projetou Villa Adriana como a sua cidade ideal, seu pedaço de paraíso. Usou como inspiração o que de mais bonito havia visto, construindo em menor escala paisagens e edifícios que o marcaram durante as viagens. Villa Adriana é um pouco Egito, Grécia e também a Turquia.
Distribuída por quase 140 hectares, dos quais é possível visitar somente 40 hectares nos dias de hoje, a Villa Adriana pode ser considerada uma verdadeira cidade. Haviam termas, grandes jardins, lagos, casas, uma biblioteca e edifícios ligados entre si. Em alguns trechos, ainda podemos ver as ruas subterrâneas por onde passavam os trabalhadores, os escravos e o transporte de mercadorias. enfim a cidade perfeita.
Algumas atrações da Villa Adriana
Entre as principais atrações a serem visitadas, seguramente o Canopo ocupa um lugar de relevância especial. Inspirado no canal que ligava Alexandria no Egito com o antigo Canopo. A Villa Adriana o Canopo consiste um lago encantador, longo 228 metros, circundados por colunas e estátuas que termina em um grande ninfeu que antigamente era decorado com fontes e estátuas. Bem próximo ao Canopo, também é possível admirar as 6 Cariátides, muito parecidas com aquelas que se encontram em Acrópole em Atenas.
A Villa Repubblicana também não pode ser esquecida, é famosa pelos mosaicos e decoração do pavimento e paredes.
As Cariatides
Canopo – Villa Adriana
Percursos de visita da Villa Adriana
A Villa Adriana pode ser visitada livremente, ou então seguindo um dos 2 percursos pré-estabelecidos que incluem as principais atrações. Os 2 percursos são:
O percurso completo – o percurso completo tem a durada de 2 a 3 horas e compreende maioria dos edifícios, quase 30, como as Termas com heliocaminus, Teatro Marítimo, as Bibliotecas, o Palácio Imperial, o Canopo entre outros.
Percurso principal – o percurso principal dura em média 1h30 e inclui somente as principais atrações (aproximadamente 20), como por exemplo o Teatro Grego, o Canopo, o ninfeu com o templo de Vênus, a sala dos filósofos etc.
Informações úteis
O endereço da Área arqueológica de Villa Adriana é: Largo Marguerite Yourcenar, 100019 Villa Adriana – Tivoli – Roma.
Transportes públicos:
- de Roma, com Metrô B parada Ponte Mammolo e ônibus da linha CoTral direção Via Prenestina com parada aproximadamente a 300 metros da área arqueológica,
- de Roma, com o trem FS e parada na estação de Tivoli, depois ônibus linha CAT número 4 com parada a cerca 300 m da área arqueológica
De carro:
- autoestrada A24 ( A24 Roma-L’Aquila ) – Saída Tivoli
O bilhete inteiro custa 8 euros e dá direito a entrada no santuário de Hércules o vencedor. No primeiro domingo do mês a entrada é gratuita. Na bilheteria é possível comprar um mapa com os percursos.
