Dicas & Destinos

Viagem com perrengue, quem nunca passou por situações complicadas?

Quem nunca sonhou em fazer uma viagem fantástica para aquele cenário paradisíaco de águas quentinhas ora verde esmeralda, ora azul turquesa, de se refestelar nas areias branquinhas por horas a fio sem se preocupar com nada, sem ter que cumprir agenda, sem ter que calcular o tempo, e ter como missão apenas experimentar a deliciosa culinária local?  Agora, corta pra realidade. Uns mergulhinhos rápidos na praia de frente para o hotel, uma correria só para conseguir fazer tudo que foi planejado e aquele momento crítico que você tem que correr do almoço típico do local: morcego ensopado, ao forno, frito…

É como sempre digo: planejamento é tudo. Mas em alguns momentos, até eu, viajante experiente, me vejo em situações complicadas. Pensando nisso, resolvi dividir com você algumas experiências onde nem tudo deu certo.

Conhecer a cultura do local de destino evita que você cometa gafes e evita, principalmente, possíveis problemas. Cada país ou cidade tem suas peculiaridades e informar-se e respeitar estes costumes locais é a melhor maneira de evitar situações constrangedoras durante a viagem.

Quando estive em Seychelles – um arquipélago belíssimo que fica no extremo Índico, entre Madagascar e Maldivas – passei por alguns perrengues daqueles. As coisas já começaram a dar errado no hotel. É uma má ideia não estudar o mapa da cidade antes de chegar e como aceitei realizar a cobertura de um evento que aconteceria, acabei ficando hospedada  em uma área não muito turística, afastada da cidade, que não permitia tempo para fazer muita coisa fora do hotel. E para melhorar, eu não dirijo, naquela época não tinha Uber e táxi era uma aventura segundo relatos. O que mais senti foi que não tinha muita opção para explorar a gastronomia, tive que fazer todas as minhas refeições por lá mesmo. Até aí tudo bem, se não fosse um pequeno probleminha, a comida por lá é toda extremamente temperada. Como tinha, naquela época, uma certa restrição a pimentas e condimentos fortes, só me sobrava como opção comer frango e batatas com arroz. No hotel que fiquei hospedada era servido no almoço e jantar basicamente os mesmos pratos todos os dias e as opções eram limitadas. Passei praticamente cinco dias comendo só isso no almoço e no jantar.

Lembra que falei de ter tempo para curtir um dia na praia sem pressa, sem agenda? Pois bem, mais uma má idéia: não levar em conta o número de compromissos de uma viagem que mistura trabalho e lazer e não se organizar com o tempo para cada coisa. A vontade de explorar cada cantinho do destino, como todo bom viajante era grande, mas não dava tempo. Quando finalmente tive uma pausa na minha agenda profissional já no último dia da viagem, fui explorar a região. Em um dia inteiro eu fiz o que um turista comum faria em pelo menos 3 dias com tranquilidade. Visitei algumas praias famosas (só mergulhei em uma), dei uma volta pelo Centro da cidade e vi de fora alguns pontos interessantes. E na hora do almoço pedi ao motorista contratado (que falava razoavelmente bem o inglês) que me levasse a um lugar para comer algo típico da ilha, algo que os locais gostassem muito de comer, já estava farta de frango com batatas, mas obviamente expliquei sobre meu probleminha com pimentas e tudo bem, lá fomos nós.

Chegando ao restaurante tinha uma série de pratos de… frango. Frangos de todas as formas possíveis de preparar. Tinha também alguns peixes mega apimentados e uma série sem fim de pratos da mais famosa iguaria deles: morcegos. Gente, na boa, eu adoro experimentar a culinária local, mas nem tudo tenho coragem de experimentar. Era morcego com molho disso, morcego defumado, morcego grelhado, morcego ensopado, morcego flambado, morcego frito com fritas, morcego, morcego, morcego… e aí? O que eu iria optar? Peixe com pimentas, frango ou morcego? Por fim, conversei com o motorista, expliquei a situação e ele me levou para outro restaurante. Acabei comendo nhoque de batata com molho a bolonhesa. Agora vejam só, a pessoa correu zilhões de quilômetros, um sem fim de horas de voos para comer exatamente aquilo que se faz na cozinha da família desde sempre.

E já que estamos falando de perrengue com comida, um dos mais pesados que passei foi  em Riviera Nayarit, no México. Todos sabemos que a culinária mexicana é tradicionalmente apimentada e repleta de peculiaridades. Fui convidada para conhecer melhor esses sabores e não hesitei: vambora! Logo no primeiro restaurante que visitamos, após um passeio debaixo de um sol escaldante, daqueles que você chega a ter miragens depois de um tempo, finalmente chegamos no tal restaurante super recomendado e relaxamos com uma bela jarra de suco de carambola bem refrescante. Nesta viagem, meu marido me acompanhava e estava naquele papel de turistão embasbacado com tudo, meio fora do ar mesmo. O problema é que ele ficou muito fora do ar e não se atentou a um detalhe muito importante: as pegadinhas do idioma. Escolhemos os pratos e claro, tudo era muito apimentado. A questão é que os mexicanos também capricham na pimenta. Levando isso em consideração, eu disse para meu marido fazer os pedidos, com a ressalva de alertar para não colocar pimenta no meu prato, enquanto iria fazer umas fotos do restaurante para colocar na matéria que seria produzida. O fato é que ele disse ao garçom “sí pimienta” ao invés de  “sin pimienta”. Aí você já imagina o que aconteceu comigo…“piriri”.

A verdade é que nunca estamos livres de algumas pegadinhas, por mais que nos informemos. O grande lance é ter presença de espírito e seguir em frente sem perder o bom humor, como fez o humorista Fábio Rabin, que não sabia que comida “quente” da Bahia é bem apimentada (confira aqui). Achei a nova websérie do hoteis.com, chamada “Viajei!” um grande barato e me identifiquei em várias situações por alí. Mas meu vídeo preferido foi o “Compras no Mercado Modelo”, que lembrou muito minha primeira viagem ao Chile. Nesta viagem, a minha primeira internacional e totalmente sozinha, eu estava numa empolgação total e cheia de vontade de fazer tudo, de registrar tudo e de comprar tudo para me lembrar eternamente da viagem. Mal sabia eu que esse monte de bugigangas com o tempo iria se transformar em um tormento na minha casa e logo seriam doadas. Comprei tanta coisa, mas tanta coisa que tive que pagar excesso de bagagem.  Mais uma má ideia: comprar tudo que vê pela frente.

O hotel é… fake

Sou turismóloga e por muitos anos trabalhei em agências de viagem e nesta prática, não restava muito ao agente, naquela época, apenas confiar nas fotos de catálogos (sempre bem produzidas) ou na sorte para encontrar bons hotéis para oferecer aos clientes. Algum tempo depois, com a prática de viagens constantes, eu compreendi que até mesmo a classificação de estrelas pode ser uma verdadeira decepção na hora que se chegava ao hotel e se deparava com algo totalmente diferente. Já me hospedei em muito “hotel fake”, como costumo falar. Nas fotos produzidas por eles, nas informações das assessorias de imprensa, tudo era muito lindo, perfeito, um sonho. Mas a realidade nem sempre era esta. Hoje, com uma simples busca na internet é possível encontrar informações e fotos com relatos reais. Claro que as fotos produzidas estarão no meio, mas, conferir o que outras pessoas viram e vivenciaram naquele hotel faz toda diferença. No Hoteis.com, por exemplo, apenas pessoas que fizeram o check-out conseguem fazer avaliações. Não tem como uma pessoa qualquer escrever sobre uma experiência que não teve, como acontece em outros sites e aplicativos, por exemplo. Assim, você pode reservar sem se preocupar. Uma boa ideia é participar do programa de fidelidade que eles oferecem: a cada 10 noites reservadas pelo site, o usuário ganha mais uma de graça. Uma ótima maneira de dar aquela economizada! Se quiser saber mais sobre o programa, é só clicar aqui.

É claro que toda viagem tem perrengues, mas não podemos deixar ela se transformar em um fiasco total, afinal sua viagem certamente será muito mais que isso. Então trate de aproveitar tudo com bom humor e boa viagem!

Este conteúdo foi apoiado pela hoteis.com.

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