Por Carolina Valadares/Mtur
Tradicionais pontos de comércio, as feiras são uma atração à parte para quem visita as cidades brasileiras. A variedade é tão grande que dificilmente o turista não se sentirá contemplado. Algumas são especialistas em produtos típicos, como a de São Cristóvão, no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas no Rio de Janeiro. Cerca de 300 mil pessoas passam no local por mês em busca de produtos como artesanato, tecidos e comidas típicas oferecidas em cerca de 700 barracas. Tudo isso embalado a ritmos do Nordeste como o forró, o xote, o baião, o xaxado, o repente, o maracatu, entre outros. A feira surgiu em 1945, organizada pelos imigrantes nordestinos que vieram para a capital fluminense e desde então funciona de terça a domingo, a partir das 10 horas.
O administrador de empresas Leonardo Tanabe conheceu este ano a feira de São Cristóvão e pretende voltar. “Fui almoçar com o pessoal do trabalho e gostei bastante”. Na capital paulista, a feira da Liberdade aos domingos pela manhã virou tradição. Diversas barracas que vendem produtos e alimentos japoneses, como sushis, sashimis e bolinhos de peixe, além de souvenires com temas do Japão. Em São Paulo, a prefeitura criou um mapa das feiras livres, que vendem frutas, verduras e outros alimentos, com seus dias e horários. Já no porto de Manaus, o mercado Adolfo Lisboa, que é patrimônio histórico, possui produtos típicos da região Norte, como açaí, tapioca, farinha do arini, peixes e ervas medicinais. O mercado foi construído em 1880 em estrutura de ferro.
No Nordeste, uma das feiras mais famosas é a de Caruaru, com gêneros alimentícios, além de troupas, calçados, móveis, animais e até eletrônicos. A 130 km de Recife, a feira atrai pessoas de todo o Nordeste brasileiro. Banda de pífanos, espaço para a troca de objetos e venda de literatura em cordel também são outras atrações dessa verdadeira babel. As feiras livres são antigas e surgiram com a troca de produtos entre agricultores. No Brasil, elas se caracterizam pela presença dos próprios produtores e pelo espaço democrático, onde além da venda de produtos, trocam-se experiências e cultura, além de privilegiar o pequeno produtor.
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