Sempre que me sento para escrever sobre alguma viagem uma grande mistura de emoções e sensações costumam tomar conta de mim. Alegria, admiração, surpresa, deslumbramento, e claro, saudade. Mas e quando já estive neste lugar algumas vezes? Essas sensações diminuem? Não quando falo sobre o Chile.
Vamos começar do começo para você entender melhor essa minha relação com o Chile.
Trabalho com turismo a pelo menos 19 anos e desde então não me vejo longe dessa rotina de viajar constantemente. Como comecei trabalhando como guia de viagem nacional, passei por todos os cantos do Brasil. Quando me dei conta que faltavam poucos estados para conhecer, por conta própria completei minha meta de conhecer todos os estados brasileiros e desde então me senti preparada para sair do país. E qual foi a minha primeira opção? Exato, o Chile.
Viajar para o Chile para mim foi algo desafiador. Você deve estar se perguntando – desafiador, o Chile? Acredite, mesmo para uma experiente Guia de Turismo sair do seu país sozinha sem dominar o idioma e com pouca grana é algo realmente desafiador. E adivinhe só? Foi mágico!
Minha primeira parada foi em Santiago, onde estrategicamente eu fiquei algo em torno de 7 dias para ir me habituando ao local e ir soltando a língua. Feito isso, segui para meu grande objetivo de viagem, Rapa Nui – ou Ilha de Páscoa – que sempre me fascinou como uma criança de frente a uma fábrica de doces. Estar de frente para aquelas enigmáticas figuras – os MOAIS – sempre fez parte de meus sonhos e poder realizar algo tão especial assim logo em minha primeira viagem internacional e sozinha foi fantástico, espetacular, indescritível… é isso, indescritível. Até hoje me emociono quando lembro desse dia. E como não se emocionar diante de tanta beleza, mistério e magia? Para encurtar o assunto, este pedaço de terra no meio daquele marzão passou a ser meu refúgio e desde então volto lá sempre. Algo inexplicável me prende aquele lugar.
De volta a Santiago eu tive oportunidade de conhecer uma cidade limpa, educada, organizada, funcional, acolhedora, prática e que me acolheu de uma forma especial. Quase fiquei por lá logo na minha primeira viagem – já que recebi uma proposta de trabalho muito tentadora – e desde então volto lá sempre que possível.
Passei por muitas outras cidades e regiões lindíssimas fora de Santiago e conquistei uma listinha básica de “primeira vez” em vários lugares que visitei como por exemplo: meu primeiro mergulho no Pacífico (Ilha de Páscoa), a primeira vez que fiquei de cara com um vulcão (Ilha de Páscoa), a primeira vez que joguei em um cassino (Viña del mar), a primeira vez que fiz uma descida radical de funicular (Valparaíso) e a primeira vez que vi e brinquei como criança na neve (Valle Nevado). Colecionando tanta novidade em uma primeira viagem sozinha e para fora do Brasil, só poderia dar nisso, muito amor.
– E porquê só hoje resolvi falar de tamanho encanto por esse país e fazer essa crônica? Bem, acabei de voltar de lá. Explicado?
Nos próximos dias irei falar um pouco mais sobre algumas experiências pelo Chile nesta mais recente viagem que fiz. Será bem variada com visita e passeio de bike em vinícola, degustação de vinhos, visita a Valle Nevado – sem neve – e visita à antiga e mais tradicional confeitaria de Santiago. Também teremos dicas de hospedagem, e claro, passeios super básicos.
Se você está pensando em viajar para o Chile eu recomendo que aproveite para fazer alguma extensão ou algum estudo pré-viagem para conhecer um pouco mais sobre sua história e cultura. É sem dúvida um país muito bonito e com um belo e admirável histórico de conquistas.
Até nosso próximo encontro e boa viagem!
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