Negócios & Serviços

Minha empresa vai para qual feira?

Por Ariel Figueroa – Editor da Coluna de Turismo

Sem lugar a dúvidas o Brasil ainda se encontra tateando no Turismo, o deslanchar do setor devemos dividir a partir do momento que ganhou status de Ministério e antes. Em muitos quesitos estamos ainda tentando o equilíbrio racional do setor, e natural um certo afobamento em setores claves, setores que devem nortear um semestre ou um ano comercial. Estou me referindo ao setor de eventos do trade.

Percebemos neste 2014 um crescimento no número de eventos corporativos do trade que tem trazido desassossego a muitas empresas e dor de cabeça aos CEOs pelas desencontradas análises entre seus diretores comerciais e de vendas com seus diretores financeiros. Acha budget.

Dados estatísticos nos mostram a força do setor corporativo. A Abracorp, Associação Brasileira de Viagens Corporativas nos traz que em 2013 as viagens corporativas venderam 9.906.641 bilhetes aéreos e 9.377.641 room nigths. Por seu lado a Abeoc, Associação Brasileira de Empresas de Eventos traz em seu site – www.abeoc.org.br/2014/05/ievc-2013-indicadores-economicos-de-viagens-corporativas – estudo realizado pela Alagev em parceria com o Senac-SP que aponta para índices extraordinários do setor corporativo em 2013. Simplesmente o setor corporativo entre bilhetes aéreos, hospedagens, alimentação, aluguel de carros, etc, aportou na economia R$ 36,79 Bilhões, com um índice de 71% dos gastos totais do setor de turismo.

duvida

Isto mostra a força do setor de workshops, feiras, congressos e etc, que tem invadido literalmente nossas agendas. Mas ai é que precisamos começar a separar o trigo do joio. Tenho conversado muito com CEOs e diretores de redes hoteleiras, operadoras, aéreas e outras empresas que são tradicionais expositoras em eventos do trade. E é unânime o desconforto entre frequentar tantas feiras, muitas vezes sem equipes suficientes e com um budget anual cada ano mais apertado. Como frequentar todas?

Alguns paradoxos já começaram a acontecer, neste 2014, associações congêneres agendaram eventos na mesma data, as ABAV de Paraná e a de Minas Gerais fizeram isto. Em qual ir? Para qual enviar quem tem poder de decisão? Em qual colocar o stand maior? Complicado. Este ano de 2015 que já está praticamente iniciando tem outros peixes de espinhas que devemos pegar com a mão, A Abav Expo e a FIT de Buenos Aires têm um dia em comum, a WTM Latin América e a BNTM de Fortaleza têm as mesmas datas, se a empresa frequenta feiras internacionais ai sim que a dor de cabeça fica pior.

Hoje com Skype, Facebook e outras redes e outras tecnologias disponíveis e normal negociar contratos e parcerias, mas nosso setor ainda é um setor muito “humano” o turismo é feito por e para pessoas, ainda o olho no olho, o aperto de mãos a confraternização pós dia de feira são importantes, ainda bem. O networking ainda é importante é decisório na negociação.

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Este 2015 vai trazer este questionamento as empresas que expõem nas feiras e as empresas jornalísticas que cobrem, porque frequentar tal feira? Devo ir em todas? E aos promotores de feiras o questionamento deverá ser: o que posso fazer de inovação para que minha feira seja diferente?

Precisamos reflexionar.

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