Quando meu avião pousou em Seychelles já era noite e não tive muita ideia do lugar que estava chegando. Após passar pela imigração e pegar minha bagagem, segui para meu hotel. É bom que você saiba que estamos falando de um aeroporto bem pequeno o que acaba gerando filas enormes quando chega um voo lotado como o meu, mas nada que seja insuportável ou desgastante. Existem algumas lojinhas por lá, mas achei tudo muito caro e claro, preferi não comprar nada naquele momento. O transfer já me aguardava e segui adiante.
Logo no caminho foi divertido me deparar com a mão inglesa, ou mão “errada” como uma das pessoas que estava no mesmo transfer que eu acabou dizendo em voz alta sem perceber, nem preciso dizer que isso gerou muitas risadas. Como não dirijo, nem me liguei em pesquisar esse tipo de informação já que não pretendo alugar carro para nada. Mas se você pretende pegar um carro para conhecer a ilha mais á vontade, é bom que tenha mais habilidade com a mão inglesa, já que a região possui algumas estradas muito estreitas e beirando alguns penhascos. Fique bem atento.
Ao amanhecer, depois de descontar toda preguiça que meu corpo sentiu com o fuso, fui “desbravar” a região. Fiquei hospedada em uma área onde muitos hotéis estão concentrados, e como estava meio lenta ainda, não fui muito longe, confesso. Cada hora que batia uma moleza (que era muito constante) eu jogava minha coisas na areia e me largava no mar feito uma criança. A praia de Blue vallon que é muito frequentada por turistas é bem calma, sem ondas altas e a água é bem quentinha.
Vi alguns seguranças de hotéis circulando na areia para cuidar dos pertences dos hóspedes, mas não vi nenhum policial. Não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas não custa nada ficar de olho nas suas coisas, certo?
Logo voltei para meu hotel e desta vez me entreguei ao que meu corpo exigia para aquele momento, ócio. Total e absoluto para me recompor, ok.
Estava na área da piscina do meu hotel lendo um pouco e me desliguei do mundo, quando percebi muitas pessoas seguindo para direção do mar com câmeras e celulares nas mãos. Foi então que me dei conta do espetáculo que estava acontecendo logo ali, bem na minha frente. Fascinante ver o contraste do dourado do sol se pondo nas águas do Índico. O pôr do sol em Mahé é definitivamente muito bonito. A vida bem que podia ter mais momentos assim, slow motion…
O clima por lá é bem quente e bastante úmido, até corre um ventinho, mas nada muito fresco, é um pouco mais abafadão. Outra coisa que reparei é que as pessoas por lá são bastante sorridentes e solícitas. Reparei também que apesar de toda natureza abundante, não tive problemas com mosquitos.
Para passear, é muito prático alugar um carro e correr a ilha de Mahé conhecendo suas praias, mirantes, cachoeiras e demais pontos turísticos, mas lembre da mão inglesa. Como não dirijo, tive a companhia de um motorista metade chinês, metade Seychellois muito simpático que em um tour privativo me carregou pra lá e pra cá contando um pouco sobre cada cantinho que visitava. Eu costumo dizer que sou viciada em utilizar os serviços de um Guia de Turismo. Não curto ficar de táxi pulando de ponto em ponto e sou preguiçosa demais pra ficar tentando adivinhar o que tem de legal, curioso ou diferente naquele lugar que estou visitando. Gosto sim de ser levada no movimento da informação precisa e prática. E tenho a vantagem de depois voltar com calma se quiser ficar mais tempo em algum lugar, sem precisar correr porque perdi horas procurando algo. Meu lema é: praticidade, sempre.
Seychelles é um arquipélago com 115 ilhas no Oceano Índico bem ao norte de Madagascar e são verdadeiros santuários de espécies raras de fauna e flora e apesar da ocupação pelo homem, as espécies permanecem sendo preservada sendo inclusive um destino turístico sustentável.
Poucos lugares no mundo conseguem ser tão belo e acolhedor como Seychelles. Com suas tranquilas praias, seu mar azul turquesa, verde esmeralda, cristalino… pedras de granito e palmeiras centenárias, o cenário é perfeito para qualquer perfil de viajante. O ideal é dividir seu tempo entre algumas ilhas, as principais são Mahé, Praslin e La Digue, mas existem outras menores e menos conhecidas, mas com um potencial fantástico para se explorar no melhor estilo aventureiro.
Ok, ok… Praia é uma delícia, mas é só isso? Não, fique tranquilo. Nesse cantinho de paraíso também tem muito esporte, gastronomia, cultura e badalação.
A gastronomia local é bem representada por restaurantes de cozinha internacional e claro pela culinária Creole com seus temperos curiosos, só fique atento á eles, já que costumam ser carregados na pimenta e outras especiarias. A base da cozinha é de peixe e frutos do mar, claro, mas existem excelentes opções como carnes e pastas. Ah! Muito importante lembrar… Batatas, muitas batatas. Á noite aproveite para escolher um bom restaurante e assistir alguns shows de dança e música da região. Sim, são aqueles shows para turista ver, mas isso também faz parte da viagem. A diversão é garantida.
Você pode chegar a Seychelles por Dubai, Joanesburgo, Adis Abeba ou Abu Dhabi. Entre as ilhas, a melhor forma de se locomover é mesmo por via marítima ou em alguns casos via aérea. Vale lembrar que não é necessário visto, mas o passaporte tem que estar em dia e é obrigatório tomar vacina contra febre amarela.
Outras dicas básicas
O fuso é de sete horas a mais seguindo o horário de Brasília.
A moeda local é a Rúpia de Seychelles.
Os cartões de crédito MasterCard e Visa são aceitos em mais locais. O Amex e o Diners não são tão comuns. Se você precisar retirar dinheiro, existem alguns poucos caixas ATM nos bancos e nos aeroportos. Os horários dos bancos são bem diferentes dos nossos aqui do Brasil, lá eles abrem de segunda á sexta das 8h às 14h e nos sábados de 8h às 11h.
Os idiomas são o Inglês, Francês e Creole.
Apesar de vermos muitas pessoas de religiões da região asiática e africana, a religião oficial de lá é o catolicismo. E todos convivem em perfeita harmonia, que fique bem claro.
Você pode visitar o arquipélago em qualquer mês sem grandes problemas, mas é bom evitar Agosto e Setembro que segundo um morador me disse, é um caldeirão. E lá é quente viu… Muito quente.
Em vários hotéis a taxa do wi-fi pode ser bem cara se compararmos ao nosso dinheiro, porém existem pacotes para mais tempo que acabam valendo mais a pena. Sempre é possível negociar um pacote mais adequado a sua necessidade, só não espere que seja resolvido de imediato. Nem sempre a pessoa responsável está de plantão.
Sempre estamos ligados, conectados, “localizados” com mil postagens nas redes sociais o tempo todo, quer seja para dividir com amigos seus momentos felizes e especiais ou por tantas outras razões que acabamos não nos dando conta de tudo que vamos perdendo no caminho.
Quantos mergulhos deliciosos no mar, quantos saltos engraçados na piscina, quantos pequenos e indescritíveis momentos vamos perdendo ao longo do caminho? Chega uma hora que você precisa se perguntar se precisa mesmo postar naquele momento. Deixa pra depois. Deixa para aquela hora que você vai ter que esperar alguém, ou que cansou de não fazer nada (simmmm, isso é necessário!!!) e aproveita para postar aquela foto bonita. Seychelles tem este poder, acredite.
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Tenho certeza que você vai ter momentos muito inesquecíveis para contar depois para seus amigos e quem sabe, planejar uma boa viagem com eles.
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