A GOL é a primeira companhia aérea brasileira autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a utilizar a tecnologia RNP-AR, sigla em inglês para “Performance de Navegação Requerida”, em todas as aproximações para pouso no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro.
Todos os voos adotam novo procedimento a partir desta segunda (2/12).
O procedimento reduz a necessidade de manobras e permite descidas mais lineares e constantes. Isto representa 850 milhas náuticas (1574 quilômetros) a menos por semana, 120 quilos de combustível a menos por voo ou 22,6 toneladas por semana, impactando na redução de emissão de gases causadores do efeito estufa em 71 toneladas no mesmo período. Outro efeito é a redução do ruído, uma vez que os motores são menos exigidos.
As informações de voo mais precisas permitem o pouso em condições de baixa visibilidade com a mais absoluta segurança. As aproximações poderão acontecer com “teto” mínimo de 93 metros de altitude (ou 305 pés) ante os 300 metros (ou 1.000 pés) exigidos até então pelo DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
“Nossa companhia investiu recursos, dados, equipou suas aeronaves e treinou sua tripulação técnica desde maio de 2012, quando fomos homologados para usar o RNP-AR no Santos Dumont. A autorização para fazer todas as operações é motivo de orgulho para nós e reforça nosso compromisso com nossos clientes”, diz Adalberto Bogsan, vice presidente Técnico da GOL. “Passaremos, a partir de segunda-feira, a oferecer mais esta melhoria em nossos serviços, que já contam com a maior oferta de assentos selo A da Anac na ponte aérea.”
Hoje a GOL tem 38 aeronaves já equipadas com o dispositivo e mais de 200 pilotos treinados para executar o procedimento. Segundo o comandante Sérgio Quito, diretor de Segurança Operacional da GOL e piloto regular da ponte aérea – rota que exige um treinamento especial – fazer aproximações para pouso usando o RNP-AR tem efeitos positivos para tripulantes e clientes. “A precisão das aproximações RNP-AR permite descidas constantes, trazendo a sensação de um voo mais confortável, com menos curvas, ao mesmo tempo que otimiza as trajetórias até o aeroporto em condições de teto e visibilidade menores.”
A experiência com o procedimento RNP-AR, desde 2012, foi fundamental para as contribuições da GOL no projeto Céus Verdes do Brasil, anunciado em setembro deste ano. A iniciativa tem a participação e parceria da GE Aviation, do DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo, ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil e outros representantes do setor público e privado. O principal objetivo é contribuir para um espaço aéreo cada vez mais eficiente e que reflita em benefícios para as empresas aéreas, clientes e a indústria da aviação brasileira.
“Dedicada no propósito de colaborar de forma efetiva para o estudo, a GOL foi a primeira aérea do Brasil a fornecer dados de suas operações para fonte de análise e aportou recursos técnicos e humanos”, explicou Pedro Scorza, diretor Técnico Operacional.
A GOL opera, em média, 910 voos diários para destinos nacionais e internacionais. Apenas na ponte aérea, são 62 voos diários, decolando a cada 30 minutos. Sempre interessada em oportunidades que agreguem avanços para o espaço aéreo e a aviação brasileira, ainda sem prazo definido, a companhia está empenhada em buscar a autorização para os próximos aeroportos previstos no projeto: Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ), Curitiba (PR), Brasília (DF), Confins (MG), Pampulha (MG) e Vitória (ES).