Por: Alison McGowan
Descobri a cidade histórica de Paraty pela primeira vez em 1983, logo depois da abertura da rodovia BR101 (conhecida como Rio-Santos). Esta estrada litorânea segue pela Costa Verde proporcionando uma visão inesquecível do mar, montanhas, mata atlântica e ilhas. Só que nesta primeira vez que fui com amigos brasileiros, ninguém tinha mencionado isso! Fomos à noite, o pneu do meu carro furou no meio do caminho e chegamos à meia noite numa cidadezinha deserta, quase totalmente esquecida por mais de meio século. As pousadas naquela época eram bem básicas mas, nem por isso, menos encantadoras. Caminhando pelas ruas com chão de pedras irregulares da antiga vila e suas majestosas casas coloniais, dava facilmente para sentir o seu passado glorioso quando Paraty era o porto de saída de ouro e diamantes vindos de Minas Gerais, e depois, no século 19, para o comércio de café.
Quando voltei 30 anos mais tarde foi uma experiência bem diferente. Paraty já tinha virado moda, palco para alguns dos melhores festivais do mundo, incluindo o animado festival da cachaça e o famoso festival literário FLIP. A cidade está tombada pela Iphan desde 1966 como patrimônio nacional, sempre mantendo suas caraterísticas históricas. Porém hoje em dia, onde antigamente haviam bares e lojinhas populares, agora são lojas de arte e artesanato junto com uma grande variedade de restaurantes chics, que normalmente só seriam vistos nas capitais do país. Muitos destes restaurantes oferecem música ao vivo e, eu mesma, já ouvi em Paraty o melhor jazz e bossa nova do Brasil, além de uma boa música clássica na Igreja Matriz.
Em termos de hospedagem, as coisas também mudaram para melhor. Em vez das 30 pousadas que haviam 30 anos atrás, agora existem mais de 300 e mesmo assim falta disponibilidade durante os grandes festivais. Ainda existem as pousadas básicas com preços mais em conta mas também existem as pousadas super chics com preços mais elevados. As nossas favoritas na Hidden Pousadas Brazil são algumas que oferecem o melhor custo-benefício e estão localizadas em várias partes da cidade. Duas estão na cidade histórica (Pousada do Ouro e Casa Colonial 12), outra há 15 minutos a pé (Pousada Vivenda) e uma há 17 kms, nas colinas de Graúna (Pousada Bromélias). E não é fácil escolher entre elas porque são todas charmosíssimas:
Pousada do Ouro tem um ambiente colonial super confortável com um café da manhã fantástico;
Casa Colonial 12 tem um design high tech escondido dentro de uma casa colonial;
Pousada Vivenda tem apenas 2 bangalôs e uma suíte, todos brancos com design bem “clean”, dentro de um colorido jardim tropical e com uma deliciosa piscina;
Pousada Bromélias tem bangalôs com varandas e jacuzzis distribuídos em um enorme terreno. Também possui uma piscina grande, sauna, quadra de tênis e seu próprio restaurante.
Eu já fiquei em todas estas pousadas e adoro todas por distintas razões. Para vocês, a decisão, como sempre, depende do seu estilo pessoal e se trocaria o centro histórico pela tranquilidade ou vice versa.
Para maiores informações, veja as resenhas no Hidden Pousadas Brazil.
Este artigo faz parte do projeto “Brasil, um paraíso natural a ser descoberto” chancelado pelo Governo Federal Brasileiro/GECOPA. O projeto visa divulgar os melhores lugares do Brasil fora do turismo de massa junto com sua hospedagem de charme. Se você conhecer um lugar ou uma pousada que merece ser incluído no projeto entre em contato conosco através de “Pergunte a Alison” no site ou pelo email: alison@hiddenpousadasbrazil.com.