Marcello Bolzan, professor de Economia Brasileira e Internacional e coordenador do IDEG (Instituto de desenvolvimento e estudos de governo) dá algumas dicas para o viajante economizar na hora de efetuar o câmbio da moeda, utilização de cartão no exterior, melhor forma de financiar sua viagem e cuidados ao se visitar países com dificuldades econômicas.
Com a economia na condição em que está é importante saber como ganhar dinheiro de várias maneiras, qual sua dica para não ter prejuízo no momento do câmbio?
Uma boa dica para aquelas pessoas que querem viajar e “ganhar no câmbio” é acompanhar cotidianamente a cotação da moeda do país para o qual se quer ir. Deste modo, é possível encontrar a casa de câmbio que ofereça o melhor preço. Não se compra moeda na primeira casa de câmbio em que se entra. Esta dica vale para o câmbio aqui no território nacional e serve também fora do país. Pesquise, sempre.
Os brasileiros utilizam muito o cartão de crédito no exterior, sendo a principal forma de pagamento em suas compras, como evitar problemas com o cartão de crédito no exterior?
A utilização de cartões de crédito no exterior é uma boa saída para que não se corra o risco de andar com moeda no bolso. Hoje, com a elevação dos preços mundiais, a exigência de moeda para as transações aumentou o que torna desconfortável a utilização de papel moeda. Assim, o crédito supre este problema. Porém, nunca se esqueça de que é sua obrigação cuidar do cartão. Muitas pessoas se endividam porque não prestam a atenção ao limite e valores do cartão. E sempre, sempre ligue para seu gerente ou para a operadora do cartão para pedir a liberação das compras em dólares. Esta ligação é obrigatória, uma vez que mesmo em cartões com inscrições “internacionais” precisam, muita vez, de autorização da bandeira.
Em pesquisa recente, efetuado pelo Embarque na Viagem, foi detectado que a maioria dos brasileiros (87%) planejam suas viagens com antecedência e 54% dividem o pagamento das suas compras de pacotes de viagens em parcelas. O que é mais vantajoso, pagar à vista ou parcelar?
Sempre que puder pagar a viagem à vista é melhor, porém caso os juros sejam baixos ou não existam, o parcelamento é uma boa opção. Porém, atente para o fato de que você terá que pagar posteriormente, a parcela do cartão de crédito daquilo que você gastou, mais a parcela da viagem que você financiou.
Endividamento público elevado, principalmente de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda, foi uma das causas da crise econômica na Europa, na sua opinião, o que é mais viável economicamente, viajar para um país com a moeda estável ou para um destino que não está com sua economia nos melhores dias.
Com relação ao destino, cuidado: nem sempre ir para um país quem está passando por dificuldades econômicas é interessante. Isso porque quando se viaja a turismo, normalmente, as pessoas não querem se tornar especuladores cambiais. As pessoas vão para se divertir e não para ganhar dinheiro no câmbio. Assim, ir a um país desestabilizado pode gerar benefícios cambiais, quando a moeda esta desvalorizada, no entanto, pode gerar perdas quando este país apresenta inflação. Infelizmente, as duas coisas quase sempre estão associadas e ocorrem juntas. A melhor dica é – vá ao país que torne sua viagem inesquecível, não traga na bagagem moedas de outros países, mas sim histórias e lembranças boas. Certamente, não há taxa de câmbio que compense estas experiências.
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