Ano novo, planos novos, sonhos novos, destinos novos! Vai para onde em 2013? Você já começou a planejar suas andanças? E que tal algumas dicas?

Enquanto você não cai na estrada em 2013, aproveitar os dias de folga para colocar a leitura viajante em dia pode ser uma boa pedida. Particularmente, sou o tipo de viajante que começa a viajar muito antes do embarque, gosto de ler sobre destinos diversos e ainda mais de ouvir os relatos sobre as experiências de viagens alheias. Se essas experiências vierem acompanhadas de uma básica consultoria com dicas especiais dos amigos sobre o que você não pode deixar de experimentar em um destino, melhor ainda!

Há poucos dias, fiquei fascinada ao ouvir as histórias de um amigo sobre suas andanças pelo continente asiático. Tudo tão distante do nosso cotidiano, da nossa realidade que a impressão que se tem é de que o tempo passa de maneira diferente do lado de lá, impulsionado quem sabe por uma pitadinha de magia. Ainda não tive a chance de conhecer nenhum destino na Ásia, mas é a segunda vez que sou invadida por uma incrível vontade de largar tudo e correr para o lado de lá, a primeira foi quando li a obra “Um adivinho me disse”, do jornalista italiano Tiziano Terzani. Mesmo que você não seja uma pessoa interessada em assuntos místicos, o que é totalmente o meu caso, vale a pena acompanhar as viagens realizadas pelo jornalista italiano, nas quais ele não só redescobre a força do misticismo no Oriente como mostra as especificidades socioculturais de cada um dos destinos que percorreu. Terzani abdica do conforto de aviões e passa um ano de sua vida a viajar por terra e mar, depois que um adivinho tem um mal presságio e o alerta sobre a possibilidade de vir a falecer em um acidente aéreo naquele ano. Se você tem curiosidade sobre a cultura asiática, esse livro pode ser um ótimo ponto de partida.  

Agora, se o seu próximo destino de viagem estiver localizado no continente europeu sugiro que conheça a obra “Europa Reportagens Apaixonadas”, do jornalista brasileiro Ronny Hein. Criador das revistas Viagem e Turismo e Próxima Viagem, Hein se considera um viajante profissional e nessa obra trás um olhar bem específico sobre 12 países que explorou em suas andanças. Sou um tanto suspeita ao falar desse livro, foi após lê-lo que acabei decidindo encarar o desafio de escrever o meu próprio livro.

Literatura de viagem além do tempo e do espaço

Você sabe onde comer os melhores chocolates do planeta? E que tal montar um roteiro baseado nas melhores sorveterias do mundo ou fazer uma visita as mais sensuais lojas de lingerie? Você visitaria o Museu da Menstruação? Papo bem de mulherzinha, eu sei, mas foi justamente pensando no público feminino que a viajante norte-americana Stephanie Elizondo Griest escreveu “100 Viagens Que Toda Mulher Precisa Fazer”.  Embora o título da obra não seja dos mais atrativos, o livro é uma grata surpresa e reuni uma gama bem diversa de informações, que vão desde lugares para colher pérolas, nadar com animais marinhos, praticar Bungee Jump, praticar Naturismo até o que visitar em lugares como Esfahan (Irã), Luang Prabang (Laos) ou Dubrovnik (Croácia).  Stephanie já se infiltrou na máfia russa e fez dança do ventre com as rainhas cubanas da rumba, a viajante explorou 25 países e já escreveu para veículos renomados com o The New York Times e o Washington Post.

O mercado de literatura de viagem é pra lá de movimentado, a cada ano milhares de obras do gênero são publicadas ao redor do globo. Apesar de ter ganhado força nas últimas décadas, a literatura de viagem não é uma novidade dos tempos modernos, há muito relatos de viagem, sejam reais ou ficcionais, mexem com a imaginação dos leitores. Obras como “As Viagens” de Marco Pólo e “A volta ao Mundo em 80 dias” do escritor francês Júlio Verne superaram a barreira de tempo e espaço e continuam a conquistar leitores geração após geração.

E você, já pensou em escrever sobre suas aventuras de viagem? Relatos de viagem influenciam as suas escolhas? Alguma dica de livro para os amantes desse gênero literário? Compartilhe suas dicas!