Vitória é a segunda capital mais antiga do Brasil, a cidade é formada por um arquipélago que tem um total de 33 ilhas, mais uma porção continental e paisagens de encantar qualquer turista que chega, quer seja de avião, navio ou por via terrestre. Sete pontes interligam a Ilha de Vitória ao continente. E isso também é motivo para passear, são verdadeiros pontos turísticos.

Um diferencial que todo turista nota ao chegar a Vitória é a forma como ele é recebido. No Brasil, existe uma cultura mais “amiga” de receber o turista, mas em Vitória, esse aconchego é ainda maior. Esta sensação de estar “retornando para casa” logo é notada. Sem dúvida, a hospitalidade marcante é um baita diferencial de Vitória. Outro grande diferencial da cidade é sua gastronomia, peculiar como tantas outras espalhadas pelo Brasil, mas com toques exclusivos. A tarefa mais gostosa fica para a escolha de Restaurantes em Vitória. Gostosa, porém árdua, já que você terá que optar por uma delícia de cada vez. E como resolver este “problema”? Simples, fique mais tempo para se deliciar mais um pouco.

Vitória possui modernos hotéis, bons bares e restaurantes, boa estrutura para atender o turista e claro, muitos pontos turísticos de encher os olhos o que acabou por tornar um destino turístico em plena ascensão. A cidade é singular por suas belezas naturais, seus grupos culturais tradicionais e em plena alta temporada, durante o verão, a paisagem da cidade é agraciada com a presença de luxuosos transatlânticos atracados no Porto de Vitória. O terminal está localizado bem no Centro de Vitória.

Outra questão muito importante para quem visita Vitória é conhecer um pouco de onde vem toda a cultura gastronômica da região e suas peculiaridades. Você sabia que, por exemplo, uma boa Moqueca Capixaba tem que ser preparada em panela de barro? Pois é, esta é sem dúvida, uma das maiores expressões da cultura popular do Espírito Santo. Desde a sua origem nas tribos indígenas que habitaram o litoral do Estado – até os dias de hoje. O Espírito Santo é um dos estados mais saborosos na gastronomia nacional e pouquíssimas pessoas tem noção disso. Uma deliciosa surpresa é reconhecer um potencial tão forte e tão criativo na culinária capixaba que é resultado de uma clara mistura de influências portuguesa, indígena e africana. As principais cidades possuem uma grande variedade para nosso deleite.

Na escolha dos restaurantes em Vitória, por exemplo, é muito comum optar de cara pela Moqueca que já é tradicionalmente o prato mais divulgado, mas existe muito mais. Dos vários pratos baseados em frutos do mar, destacam-se a Moqueca Capixaba (obvio), a Torta Capixaba, a Muma de Siri e a Caranguejada. Existem diversas outras especialidades de cozinha por todo o estado, mas estar por lá e não provar suas especialidades seria como ir ao Vaticano e não ver o Papa.

“Você sabia que a panela de barro feita a mão pelas moradoras do bairro das Goiabeiras recebeu em 2011 a indicação geográfica, que é o primeiro passo para a denominação de origem e a proteção disso como patrimônio imaterial e cultural? E que o nome “moqueca” designa um estilo de preparar o alimento que consiste no cozimento sem água, apenas com os vegetais e frutos do mar? Ao contrário da moqueca baiana, a capixaba não leva azeite de dendê e nem leite de coco. Talvez este seja o grande diferencial da Moqueca Capixaba“.

Na hora de escolher seu restaurante em Vitória, considere separar ao menos 3 ou 4 refeições para apreciar exclusivamente a Gastronomia Capixaba.

Na hora de passear, existem opções para todos os gostos e bolsos, o epicentro do agito continua sendo a badalada praia do Canto, que é repleta de barzinhos na área conhecida como “Triângulo das Bermudas”. Durante o dia, o burburinho fica por conta do calçadão, da feira de artesanato aos domingos, dos quiosques da Curva da Jurema e das águas calmas procuradas pelos adeptos dos esportes náuticos. 

E para quem gosta de atividades na água, o trecho de litoral que vai de Vitória a Guarapari é um dos melhores do mundo para a pesca esportiva do marlim-branco e do marlim-azul. Existem verdadeiros apaixonados pela captura destes peixes especificamente, você não faz ideia… Entre outubro e fevereiro, campeonatos internacionais reúnem atletas de diversos países e agitam ainda mais a região.

Você curte a parte mais cultural? Perfeito, tem muita coisa para conhecer também. Não deixe de conhecer a Cidade Alta. Fundada em 1551, Vitória ainda preserva alguns patrimônios da época. O tour – melhor feito a pé – apresenta o Palácio Anchieta; a igreja de São Gonçalo, em estilo barroco; a Catedral Metropolitana, de 1920 e estilo neogótico; e a capela de Santa Luzia, a construção mais antiga da cidade. E ainda tem o Convento de São Francisco, as igrejas de Nossa Senhora do Carmo e do Rosário e o Teatro Carlos Gomes, inspirado no famoso Scala, de Milão.

Um dos passeios mais inusitados da região é o que leva ao Mosteiro Zen Morro da Vargem, na cidade vizinha de Ibiraçu. Aos domingos, o espaço abre as portas para o público em geral, gratuitamente. No alto de um morro, os visitantes encontram um reduto de meditação no meio da Mata Atlântica, onde moram os monges. São eles que guiam o passeio pelos cinco templos do local – uma dica básica: vá de chinelos ou sandálias práticas, uma vez que é preciso ficar descalço para entrar em alguns templos.

Artesanato do mercado capixaba

Bem, aí a gente volta para aquela questão que já falei antes, em Vitória, tudo acaba em compras e boa mesa. Reza a lenda capixaba que: panela de barro, para dar boa moqueca, precisa ter sido feita pelas chamadas Paneleiras de Goiabeiras. Produzidas pelas próprias mulheres do bairro em um imenso galpão, as peças – além de panela, há vasos, caldeirões e cinzeiros – são feitas de maneira artesanal. A técnica é herança indígena e passada de geração para geração.

De lá, das Goiabeiras, as panelas seguem para as casas dos turistas e para os restaurantes da cidade, que servem os pratos tradicionais com seus fresquíssimos siris, peixes e camarões.

Vitória é uma cidade bonita, moderna, culta e gostosa. Quer mais motivos para conhecê-la?

Fotos.: Vitor Nogueira / Prefeitura de Vitória